PECA 2025 finaliza suas atividades com mais de 2 mil atendimentos
O Programa de Expedições Científicas e Assistenciais (PECA) promoveu consultas, cirurgias e exames com a participação de alunos da Santa Casa de São Paulo em Socorro (SP)
- Data: 17/03/2025 12:03
- Alterado: 17/03/2025 12:03
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
Os voluntários realizaram atendimentos, exames e cirurgias a partir das necessidades da população local. Desta forma, durante os cinco dias do programa, houve 2148 consultas, sendo que, dessas, 23 foram atendimentos no Centro de Convivência do Idoso, além de ter alguns pacientes que demandavam mais de uma especialidade, como, por exemplo, de fonoaudiologia, resultando em 69 audiometrias realizadas.
Para além das consultas, também foram realizadas cirurgias eletivas, visitas domiciliares e coleta de exames. Foram realizadas 20 cirurgias que incluíram vasectomia, hérnias e postectomias, além das 28 biópsias e cirurgias dermatológicas. Os profissionais voluntários também puderam realizar 98 sessões entre os exames de ultrassom, ecocardiográficos e Raio-X.
A edição deste ano contou com inúmeras novidades. Os atendimentos de Oftalmologia, por exemplo, foram todos realizados dentro de uma carreta com dois consultórios móveis. Dessa maneira, foi possível a realização de exames de acuidade visual para adquirir óculos, uma demanda quase sempre presente nas populações atendidas no PECA.
Além disso, foi a primeira vez que os voluntários puderam visitar um Centro de Convivência do Idoso. No caso de Socorro, a visita ocorreu no Centro “Sra. Maria de Lourdes Pinto Picarelli, onde os 23 atendimentos proporcionaram atenção integral aos idosos por meio de atendimento multidisciplinar.
A quantidade de atendimentos, exames e cirurgias realizadas refletiu na qualidade e no papel do programa extensionista. De acordo com a Coordenadora de Extensão da Faculdade, a Prof. Dra. Graziela Ramos Barbosa de Souza, o PECA tem o papel fundamental na formação dos alunos e na assistência à sociedade. “O programa proporciona um impacto social e um desenvolvimento local muito importante, o que contribui para o desenvolvimento da comunidade”, diz.
“Além disso, quando a gente assiste à população, coletamos dados que vão nos permitir identificar informações epidemiológicas, fazer o mapeamento epidemiológico daquela população, contribuindo com a prefeitura para que, a partir desses dados epidemiológicos, a prefeitura possa realizar planejamento para assistência do município. Além disso, esse fortalecimento da interação com a sociedade reforça o papel social da nossa faculdade”, explica a professora.
Humanização e atuação prática no ensino à saúde
Em relação ao papel do PECA quanto à formação do aluno, a coordenadora também diz que o programa permite a formação do conhecimento desses alunos na comunidade. “O PECA permite que o conhecimento que foi estruturado e produzido na Faculdade seja aplicado na resolução dos problemas reais da sociedade, dos problemas reais daquela comunidade”, pontua Graziela.
“Então, não somente fortalece o conhecimento, mas também proporciona aos estudantes uma experiência prática que realmente vai complementar a formação teórica, promovendo o desenvolvimento de competências que vão para além de competências técnicas, que também há, mas também desenvolvendo competências sociais, competências de formação enquanto cidadãos”, diz.
A ação contou com a presença de alunos e professores dos cursos de Medicina, Enfermagem, Fonoaudiologia e, pela primeira vez, Fisioterapia, além de contar com médicos, enfermeiros e fonoaudiólogos voluntários da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP) e alunos intercambistas, totalizando 442 voluntários.
Para a Prof. Graziela, ter alunos de diferentes cursos de graduação também garante uma boa interdisciplinaridade. “Nós integramos todos os cursos da Faculdade, essa interdisciplinaridade incentiva a colaboração entre diferentes áreas do saber, a multiprofissionalidade, a integração entre vários profissionais, a formação multiprofissional, proporciona desenvolvimento de competências e soluções para que esses alunos estejam preparados para os desafios sociais, culturais e econômicos que eles vão vivenciar depois que se formarem”, pontua.
A participação em uma ação como esta ainda na graduação como modo de formação profissional e pessoal também foi percebida pelos alunos voluntários. Para Priscila Megumi Takara, Vice-presidente do PECA Fonoaudiologia, ter participado do programa foi uma das experiências mais desafiadoras e, ao mesmo tempo, mais enriquecedoras de sua graduação. “Levo comigo toda a dedicação, comprometimento e resiliência investidos no PECA, tanto para minha vida pessoal quanto, especialmente, para minha futura carreira como fonoaudióloga”, diz.
“Agradeço todo o corpo docente do curso de Fonoaudiologia que esteve presente, em especial às diretoras Marina Padovani e Adriana Gurgueira, que nos acompanharam durante todo o processo. Agradeço ainda a professora Sandra Pires pelo apoio e incentivo, assim como a todos os voluntários que fizeram dessa experiência algo tão único”, conclui a aluna, agradecendo.
Já a Presidente do PECA Medicina, Beatriz Nishigima, aponta que assumir a gestão do programa foi desafiador, mas gratificante. “O PECA trouxe ensinamentos para a minha vida profissional, os quais acredito que só teria mais contato durante o internato ou depois de formada. Aprendi mais sobre o SUS, gestão de recursos, políticas públicas, organização da saúde, consegui desenvolver melhor minha oratória e entendi, na prática, o quão importante as equipes multidisciplinares são no cuidado do paciente”, diz.
“Além disso, pensando um pouco na minha trajetória pessoal, tive o privilégio de ir para o PECA em outros anos, primeiro como voluntária, depois como coordenaria e esse como diretoria. As funções eram diferentes, porém foram momentos em que eu pude relembrar a importância de um cuidado humanizado na vida do paciente e de como a atenção ao próximo é capaz de curar tanto a ciência. Como diretoria, após conversar com os envolvidos no projeto (pacientes, alunos, profissionais, prefeitura e faculdade) senti que conseguimos cumprir nossos objetivos e todos saíram felizes, apesar de todas as dificuldades enfrentadas. Eu cheguei a ouvir de um voluntário que existe uma pessoa antes e após o PECA, de tão transformadora que a experiência foi na vida dele”, pontua Beatriz.
Para a Presidente de Enfermagem no PECA, Damaris Higa Lemos dos Santos, o programa pode ensinar melhor sobre o papel da Enfermagem na vida das pessoas. “A vivência do PECA me mostrou a Enfermagem em sua essência mais pura: o cuidado que acolhe, a ciência que transforma e a presença que faz a diferença na vida de cada usuário”, diz.
“Foram dias de desafios, entregas e conexões com os pacientes e com nossa equipe. O PECA nos ensina que a enfermagem não se limita ao conhecimento técnico, mas se expande no olhar atento, na escuta sensível e na capacidade de impactar realidades. Certamente retornei dessa experiência com um sentimento de gratidão e um compromisso ainda mais forte com a profissão que escolhi”, conclui Damaris.
De acordo com os coordenadores do programa, espera-se que mais alunos de outros cursos de graduação possam participar no voluntariado, aumentando, assim, as possibilidades de atendimento e o desenvolvimento teórico-prático na formação enquanto profissional da saúde.
A aluna de Fisioterapia, Kainã Alay Martins, reforça a importância da ampliação para todos os cursos de graduação da Faculdade a partir de sua própria experiência. “O PECA ensina sobre humanização, respeito, cuidado e parceria profissional. É um grande aprendizado para todas as áreas da saúde, pois ali, vemos que todas as áreas juntas fazem uma grande diferença na vida dos pacientes”, diz.
“É maravilhoso, antes da formação, ter a oportunidade de ter contato direto com o paciente, poder ouvir um pouco de cada história, avaliar as queixas e preparar para cada um, uma orientação para seu bem. É gratificante ver a satisfação do paciente, por apenas receber atenção do profissional, por alguns minutos. O PECA é uma oportunidade única, um misto de emoções inexplicável. Ser voluntário transforma vidas, tanto dos pacientes, quanto dos profissionais e alunos”, conclui Kainã.
O Santa Maluquice, programa de extensão da Faculdade em que alunos levam alegria aos corredores do Hospital Pediátrico da Santa Casa, também esteve presente interagindo com crianças a partir de três anos de idade, para que o adulto pudesse passar em consulta mais tranquilamente.
A programação também incluiu a cerimônia de abertura — que ocorreu no Auditório da Prefeitura Municipal de Socorro —, palestras e rodas de conversas com diversos grupos etários, em que os alunos puderam abordar diversos assuntos da área da saúde.
Sobre o PECA
O Programa tem caráter assistencial, mas, também, visa aprofundar a formação de profissionais da saúde, sensibilizando-os de suas responsabilidades sociais e reforçando a importância do atendimento humanizado.
Para a coordenadora do programa, a edição deste ano proporcionou aplicar conhecimentos, trabalhar com resoluções de problemas mais pontuais e de problemas reais dessa sociedade, contando com o apoio do município. “O grande desafio foi a transição de prefeitura, transição de gestão do município, apesar disso, esta edição teve uma contribuição muito grande para a formação acadêmica. Foi uma edição que nos proporcionou, um pouco diferente das outras, uma aplicabilidade mais abrangente, pois, devido à transição de governo da prefeitura, pudemos trabalhar com os alunos algumas competências um pouco maiores no que concerne a gestão”, diz.
“Acho que talvez esse tenha sido diferencial: nossos alunos participaram de processos muito importantes, reforçando a importância da gestão de programas de saúde e de extensão. Mas, como todas, foi muito bem-sucedida, com um atendimento abrangente para a população”, conclui a professora.

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