Governo de São Paulo intensifica monitoramento de arboviroses com unidades sentinelas
Unidades sentinelas de arboviroses do Governo de SP apontaram a circulação do sorotipo 3 da dengue, além da febre Oropouche, em 2024
- Data: 11/03/2025 11:03
- Alterado: 11/03/2025 11:03
- Autor: Redação
- Fonte: Agência SP
O Governo do Estado de São Paulo implementou um serviço inovador que tem demonstrado eficácia na identificação rápida dos vírus circulantes, colaborando com a Secretaria de Estado da Saúde (SES) para a articulação de ações oportunas. As unidades sentinelas de arboviroses, espalhadas por todo o estado, têm desempenhado um papel crucial ao detectar a prevalência do sorotipo 3 da dengue neste ano e a iminente chegada da febre Oropouche em 2024.
Com um total de 71 unidades distribuídas em 62 regiões de Saúde, essas estruturas permitem que profissionais da saúde realizem a coleta de dados e testes laboratoriais essenciais. Após a confirmação da presença de vírus, a SES é capaz de implementar medidas eficazes de controle e prevenção, otimizando os recursos disponíveis para o combate às arboviroses urbanas.
Regiane de Paula, coordenadora em Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças, destaca a importância desse sistema: “Desde o ano passado, conseguimos verificar que o sorotipo 3 da dengue estava entrando no estado. Também foi através das unidades sentinelas que identificamos, em 2024, o surgimento dos casos de febre Oropouche”.
As unidades sentinelas têm a responsabilidade de coletar entre duas e cinco amostras semanais dos pacientes que apresentam sintomas suspeitos de dengue, como febre alta e dores específicas. Essas amostras são registradas no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), um sistema desenvolvido pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL), e posteriormente enviadas para análise laboratorial. No IAL, as amostras passam por testes para identificar as arboviroses, cujos resultados são fundamentais para o monitoramento das doenças e para a formulação de políticas públicas em saúde.
Diante do aumento dos casos de dengue no estado, o Governo paulista intensifica suas ações preventivas, buscando detectar precocemente alterações nos padrões de circulação dos arbovírus. A predominância do sorotipo 3 e a potencial introdução de novos vírus estão sob constante vigilância, permitindo que sejam adotadas medidas rápidas e eficazes em áreas mais vulneráveis.
No âmbito dessas iniciativas, o Governo paulista destina R$ 228 milhões através do Incentivo à Gestão Municipal (IGM SUS Paulista), com o objetivo de apoiar os 645 municípios no enfrentamento das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Ademais, foi criado o Centro de Operações de Emergências (COE), cuja função é coordenar as ações integradas de vigilância, prevenção e controle das arboviroses.
O COE mantém um monitoramento contínuo da situação epidemiológica em tempo real, promovendo uma articulação eficiente entre diversos setores e assegurando que os recursos sejam direcionados para as regiões mais impactadas. Essa abordagem visa garantir uma resposta rápida e efetiva diante das emergências em saúde pública.

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