Morre aos 103 anos ginasta de medalhista de ouro e sobrevivente do Holocausto
Agnes Keleti morreu em Budapeste devido a complicações relacionadas a uma pneumonia grave.
- Data: 02/01/2025 16:01
- Alterado: 02/01/2025 16:01
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: GE
Agnes Keleti, que era reconhecida como a mais velha medalhista de ouro olímpica em vida, faleceu aos 103 anos nesta quinta-feira (2). A ginasta húngara, que se destacou por sua trajetória notável e superação pessoal, morreu em Budapeste devido a complicações relacionadas a uma pneumonia grave. O Comitê Olímpico Húngaro confirmou que Agnes estava hospitalizada desde o dia 25 de dezembro.
Natural de Budapeste, onde nasceu em 1921, Keleti teve sua carreira interrompida pela brutalidade da Segunda Guerra Mundial e pelas perseguições aos judeus. Devido à sua ascendência judaica, foi forçada a se afastar da equipe nacional de ginástica e viveu escondida no interior da Hungria durante o conflito. Tragicamente, seu pai e vários outros familiares perderam suas vidas no campo de concentração de Auschwitz.
A guerra ocasionou o cancelamento das Olimpíadas entre 1940 e 1944, mas após o fim do conflito, Agnes conseguiu retornar ao esporte. Contudo, sua trajetória esportiva sofreu um revés antes dos Jogos Olímpicos de Londres em 1948 devido a uma lesão no tornozelo.
Keleti fez sua estreia vitoriosa nas Olimpíadas de Helsinque em 1952, conquistando sua primeira medalha de ouro aos 31 anos, além de uma prata e dois bronzes. Seu desempenho mais impressionante ocorreu nas Olimpíadas de Melbourne em 1956, quando conquistou quatro medalhas de ouro, tornando-se a atleta mais velha a ganhar esse título olímpico na ginástica.
O Comitê Olímpico Internacional prestou homenagem a Agnes Keleti destacando: “Agnes Keleti é a maior ginasta produzida pela Hungria, mas cuja vida e carreira estão interligadas com a política de seu país e sua religião”.
Após as competições olímpicas, Agnes se estabeleceu em Israel, onde casou-se com um professor de educação física em 1959 e teve dois filhos. Posteriormente, ela também exerceu a profissão de professora de educação física, dedicando-se ao treinamento da seleção israelense de ginástica.

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