Trump concede à Boeing contrato para fabricar caça F-47

Trump anuncia contrato de US$ 20 bilhões à Boeing para o F-47, novo caça da Força Aérea dos EUA, substituto do F-22, visando tecnologias avançadas.

  • Data: 21/03/2025 17:03
  • Alterado: 21/03/2025 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
Trump concede à Boeing contrato para fabricar caça F-47

Crédito:@TheWhiteHouse/Fotos Públicas

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Na última sexta-feira (21), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a concessão de um contrato à Boeing para a fabricação do F-47, um novo caça que promete ser o mais avançado da Força Aérea americana até o momento. Este contrato é parte do programa Next Generation Air Dominance (NGAD), que visa substituir o icônico F-22 Raptor da Lockheed Martin por uma aeronave tripulada projetada para operar em conjunto com drones no campo de batalha.

Durante a divulgação oficial, Trump revelou o nome da nova aeronave e afirmou: “Fizemos um pedido para um lote. Não podemos divulgar o preço”. Ele também mencionou o interesse de aliados internacionais em adquirir o novo modelo, indicando a possibilidade de vendas externas, com os parceiros estrangeiros demonstrando constante interesse na aquisição dos caças.

A vitória da Boeing nesse projeto representa um marco significativo para a empresa, que enfrentou desafios tanto na área comercial quanto na defesa. O contrato, que abrange desenvolvimento de engenharia e fabricação, é estimado em mais de US$ 20 bilhões, oferecendo à companhia uma oportunidade crucial para revitalizar sua linha de produção de caças em St. Louis, Missouri. Além disso, a Boeing pode assegurar pedidos adicionais que totalizam centenas de bilhões de dólares ao longo das próximas décadas.

Após o anúncio, as ações da Boeing registraram um aumento de quase 5%, enquanto as da Lockheed Martin caíram cerca de 7%. Embora os detalhes do design do F-47 permaneçam confidenciais, especula-se que ele contará com tecnologia stealth, sensores avançados e motores de última geração. O general David Allvin, chefe do Estado-Maior da Força Aérea, ressaltou que o novo caça não apenas será mais econômico em comparação ao F-22, mas também terá melhor adaptabilidade às ameaças futuras e um número maior disponível no inventário.

O NGAD foi concebido como uma “família de sistemas” centrada em um caça de sexta geração projetado para enfrentar potências como China e Rússia. Segundo Allvin, o F-47 oferecerá maior alcance e furtividade aprimorada, além de ser mais sustentável e fácil de manter do que seu predecessor.

A Boeing tem enfrentado dificuldades em suas operações comerciais, especialmente na recuperação da produção do 737 MAX. Por outro lado, sua divisão de defesa tem lidado com contratos problemáticos relacionados a aviões-tanque e drones. A recente vitória foi considerada por analistas como um importante impulso para a empresa, especialmente em meio a atrasos e estouros orçamentários em projetos anteriores.

Nos últimos anos, o programa KC-46 para reabastecimento aéreo acumulou custos adicionais superiores a US$ 7 bilhões, enquanto outro projeto para modernização dos aviões Air Force One resultou em prejuízos significativos. A companhia também se viu sob escrutínio regulatório devido a incidentes relacionados à segurança e produção.

Além disso, a Administração Federal de Aviação impôs restrições à produção da Boeing após problemas recorrentes. O senador democrata Mark Kelly expressou preocupação sobre a necessidade de supervisão rigorosa dada a complexidade do novo programa militar.

Embora Elon Musk tenha levantado questões sobre a eficácia de caças tripulados frente a opções mais econômicas como drones, a Lockheed Martin enfrenta um futuro incerto após sua recente derrota na competição pelo desenvolvimento do caça furtivo da Marinha. Em resposta ao resultado desfavorável, a Lockheed declarou confiança em sua proposta e aguarda novas discussões com a Força Aérea dos EUA.

A concessão do contrato à Boeing pelo governo federal pode limitar as possibilidades de contestação pública por parte da Lockheed Martin, especialmente após o anúncio realizado diretamente por Trump durante uma coletiva de imprensa.

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  • Data: 21/03/2025 05:03
  • Alterado:21/03/2025 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
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