Sem opções, metalúrgicos partem para a luta

Mobilizados contra demissões, metalúrgicos fazem caminhada da Mercedes-Benz até a Rodovia Anchieta. SMABC orienta a desconsideração de telegrama demissional e manter a mobilização

  • Data: 18/08/2016 15:08
  • Alterado: 18/08/2016 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: SMABC
Sem opções, metalúrgicos partem para a luta

Crédito:Edu Guimarães/SMABC

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Os trabalhadores na Mercedes-Benz, em São Bernardo, tiveram nesta quinta-feira (18) mais uma manhã de manifestações contra as demissões anunciadas pela montadora. Após assembleia realizada na porta da fábrica, às 8h, os metalúrgicos saíram em passeata pelas ruas do entorno, caminharam até a Marginal da Rodovia Anchieta, sentido litoral, na altura do Km 15, e de lá retornaram para a porta da empresa.

De acordo com o diretor executivo do Sindicato e trabalhador na Mercedes-Benz, Moisés Selerges, os metalúrgicos continuarão mobilizados, realizando diariamente atividades que chamem atenção da sociedade para a gravidade do que está acontecendo neste momento, até que a empresa se disponha a negociar alternativas à demissão do excedente.

“Ontem tivemos uma conversa com a direção da fábrica, mas não tem havido espaço para negociar nada, pois eles partem da premissa de que o corte do excedente tem de ser efetivado, de que essa é, inclusive, a determinação da Matriz na Alemanha. Vamos continuar conversando com a empresa para tentar convencê-los de ampliar o diálogo. Estamos abertos, mas, para nós, só existe negociação com a reversão das demissões e busca conjunta de alternativas”, destaca o dirigente.

A fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo está paralisada desde a segunda-feira (15), data de início da licença-remunerada determinada pela empresa para todos os trabalhadores por tempo indeterminado. A montadora anunciou a medida na última sexta-feira (12), por meio de boletim interno. O documento também informava o início do processo de demissões do excedente de mais de duas mil pessoas.

Uma parte dos trabalhadores já recebeu telegrama informando a rescisão do contrato de trabalho a partir de setembro, quando se encerra o período de estabilidade dos metalúrgicos na fábrica, assegurado pela adesão da empresa ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). “Há trabalhadores que receberam o telegrama na segunda, outros na terça e na quarta. A fábrica está fazendo aos poucos e o clima é de insegurança. Ninguém sabe se será demitido ou não, a demissão mais uma vez chega por carta, ou seja, um desrespeito com aqueles que se dedicaram tanto para o crescimento da montadora”, comenta Selerges. A orientação do Sindicato aos trabalhadores continua sendo desconsiderar o telegrama e manter a mobilização.

Para amanhã (sexta, 19) está prevista uma nova manifestação às 9h em frente à fábrica (Rua Alfred Jurzykowski, 562).

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  • Data: 18/08/2016 03:08
  • Alterado:18/08/2016 15:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: SMABC









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