São Bernardo leva teatro a bebês de creches públicas

Espetáculo, que explora emoções básicas dos bebês, será apresentado a 10 mil crianças até o fim do ano; objetivo é cultivar o espírito artístico desde a primeira infância

  • Data: 30/08/2016 11:08
  • Alterado: 30/08/2016 11:08
  • Autor: Niceia de Freitas
  • Fonte: PMSBC
São Bernardo leva teatro a bebês de creches públicas

Crédito:Valmir Franzoi

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Até o fim do ano, 10 mil crianças de zero a dois anos das creches públicas de São Bernardo vão ter a oportunidade de assistir ao espetáculo ‘A Bailarina’, promovido pelo grupo Sobrevento em parceria com a Secretaria de Educação. Serão 141 apresentações, realizadas nas unidades escolares. O projeto de levar o espetáculo aos bebês é pioneiro na cidade e tem como objetivo cultivar o espírito artístico desde a primeira infância.

Sandra Vargas, que escreveu a peça, afirma que São Bernardo foi o único município que apostou no projeto, que já é realizado há três anos nas creches. “Fizemos uma parceria e promovemos oficinas com os professores, que perceberam a importância da iniciativa e, com isso, se envolveram, o que é fundamental. Todos participaram da formação”, comentou.

De acordo com ela, a dramaturgia nasce das emoções que movem o ser humano, como medo e desejos, sentimentos também presentes nos bebês. O espetáculo é feito por profissionais que se dedicam e têm larga trajetória na área. “Encontramos nos bebês um público especial, que renova os artistas e que são o que nós fomos, seres delicados, frágeis, e que procuram afeto.” Sandra explica que, apesar de serem realizadas nas creches com pouca estrutura técnica e elétrica, as apresentações são produzidas com a mesma qualidade de espetáculos maiores. “Só a montagem do palco leva de quatro a seis horas”, disse.

Carla Padovan, vice-diretora de uma das unidades do Centro Educacional Unificado (CEU) Regina Rocco, na Vila São Pedro, onde foi realizada uma apresentação, disse que a atividade é muito importante para as crianças. “No início, elas sentem medo, mas depois ficam calmas, já que é um espetáculo sensível e que leva à reflexão”, comentou.

Para a dramaturga Sandra Vargas, o teatro para bebês parte do princípio de que desde que as pessoas nascem têm capacidade poética. “Exploramos as emoções básicas. Em um dos espetáculos, por exemplo, havia um bebê que chorava, mas era porque sofria comigo, tinha pena do que eu estava sentindo durante a interpretação”, comentou.

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  • Data: 30/08/2016 11:08
  • Alterado:30/08/2016 11:08
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