Região pode ser fonte para mercado de Crédito de Carbono
Evento foi realizado na ACISBEC na manhã desta quarta-feira (24)
- Data: 24/05/2023 15:05
- Alterado: 24/05/2023 15:05
- Autor: Redação
- Fonte: ACISBEC
Tema comemora o Dia da Indústria
Crédito:Divulgação
A Região do ABC pode ser uma fonte produtora de créditos de carbono, que são certificados emitidos para reduzir o efeito estufa. A revelação foi feita na manhã desta quarta-feira (24) durante encontro na ACISBEC (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo). O evento A Indústria no Mercado de Carbono foi promovido especialmente e comemora o Dia da Indústria (25).
Paralelamente à programação, o presidente da ACISBEC, Valter Moura Júnior, realizou o Café com Presidente, um canal interativo junto com os associados. Além dos empresários,convidados e parceiros, também participou do evento, a Secretária de Meio Ambiente e Proteção Animal do Município de São Bernardo do Campo, Regina Célia Damasceno.
“Trouxemos esse tema para comemorar o Dia da Indústria, mas também para atender as demandas atuais desse mercado, sobre a sua importância, o que é e como investir”, explicou Valter Moura Júnior.
A palestra foi realizada pela C12 Carbon, uma consultoria ambiental, especializada em créditos de carbono. Os diretores Ricardo Glasenapp e Fernanda Sabah são advogados e professores universitários.
“Temos aqui nesta região do Planalto uma extensa mata nativa, conhecida como cinturão verde. Além disso, há o Parque da Serra do Mar, que atualmente está em concessão e é uma área potencial para a certificação de créditos de carbono”, explicou Ricardo Glasenapp.
Kioto 1997 – De acordo com os especialistas, é necessário fazer um inventário para saber o quanto a empresa é poluente, se precisa reduzir ou compensar a poluição da sua atividade por meio da aquisição de créditos de carbono.
A partir do Protocolo de Kioto, um tratado internacional ambiental de 1997, se tornou mais rígido o compromisso para redução da emissão de gases que produzem o efeito estufa.
“Há a necessidade de a economia mundial se adaptar às situações climáticas e o crédito de carbono surge para auxiliar os países a cumprirem suas metas, uma vez que esses créditos representam a não emissão de dióxido de carbono na atmosfera. Assim, o mercado de carbono é caracterizado pela venda dos créditos de carbono às empresas poluentes.”, explicou Fernanda Sabah.
A C12 Carbon faz o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), que representa um cálculo de quanto a empresa é poluente. O estudo inclui limite geográfico, área de atividade, número de funcionários, entre outros critérios.
De acordo com os advogados, atualmente, grandes atividades econômicas, como produção de cimento, produção de alumínio, instalações de sinterização de minerais metálicos, fundições de metais ferrosos, transportes de cargas ou passageiros, dentre outras, são obrigadas a realizar o Inventário de Gases de Efeito Estufa. Mas, eles alertam que essa lista deve crescer em um futuro próximo. “A construção civil será uma delas”, observou Ricardo.
A Secretária de Meio Ambiente de São Bernardo, Regina Célia Damasceno, elogiou o evento e considerou que o tema desperta para a consciência ambiental. “A proteção ao meio ambiente não deve ser um problema e sim a solução”, disse.