Rede de saúde mental é referência, diz Instituto
Segundo o Instituto Igarapé, São Bernardo se destaca por inserir o tratamento da dependência de álcool e drogas em todos os serviços da rede de Saúde pública
- Data: 08/04/2015 10:04
- Alterado: 16/08/2023 18:08
- Autor: Vladimir Ribeiro
- Fonte: PMSBC
Equipes de municípios vizinhos e até de outros países vem conhecer o programa desenvolvido em São Bernardo. Na foto
Crédito:PMSBC
A rede de saúde mental de São Bernardo do Campo está entre as dez iniciativas positivas listadas no relatório ‘Políticas de Drogas no Brasil: A mudança já começou’, do Instituto Igarapé – Organização Não Governamental voltada para agendas de segurança e desenvolvimento. Entre as ações do documento, três são de políticas governamentais (Estado do Pernambuco e os municípios de São Paulo e São Bernardo), duas são de instituições acadêmicas (Universidade Federal da Bahia e Fundação Oswaldo Cruz) e cinco são de ONGs.
O relatório destaca a transformação pela qual o sistema municipal de saúde passa desde 2009 e ressalta que, hoje, São Bernardo “possui uma das redes de atenção à saúde mental mais estruturada do estado, tornando-se referência entre os municípios vizinhos. Muito mais do que números expressivos de equipamentos disponíveis, o município se destaca por inserir a perspectiva da saúde mental em todos os serviços de Saúde, do programa Saúde da Família, passando pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), até as Unidades Básicas de Saúde (UBS)”.
Para a chefe da Divisão de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Stellamaris Pinheiro Nascimento, um dos diferenciais de São Bernardo são as unidades do Centro de Atendimento Psicossocial (CAPSs), sendo três voltadas aos dependentes de álcool e drogas (chamados de CAPSs AD) e um direcionado ao público infanto-juvenil.
“Esses serviços são referência, funcionam 24 horas de segunda a sexta-feira, fazem o acolhimento e inserem pacientes em nossa rede. Nos fins de semana, o Pronto- Socorro psiquiátrico dá retaguarda para essas unidades, oferecendo o mesmo tipo de tratamento”, explicou.
Stellamaris também destacou que a rede de Saúde da cidade permite que os pacientes recebam, de forma ágil e sem burocracia, tratamento especializado e de acordo com suas necessidades. “Esse agir em rede, nos ajuda a somar esforços no acompanhamento desses pacientes”, disse.
Outro diferencial é o protagonismo do paciente em seu tratamento, pois é ele, junto com os profissionais de saúde, que elabora seu projeto terapêutico. “Isso nos ajuda a manter o vínculo com o paciente, além de construir um serviço que faça sentido para essas pessoas”, destacou.
Outro dos pontos fortes da rede de Saúde mental da cidade é a reinserção dos pacientes na sociedade. “Para isso também trabalhamos com diversas técnicas, como de territorialização, na qual o paciente é integrado ao município, e programas de geração de renda, como oficinas de marcenaria e cabeleireiro”, destacou.