Oportunidade revela dom empreendedor

A paixão por colocar a mão na massa, literalmente! Foi essa aptidão que levou a empresária Karin Schüller Bertaçolli a dar início ao seu negócio, que ela considera como uma padaria diferente. Trata-se da produção de pão especial, artesanal, com ingredientes de qualidade e fermentação natural e, por enquanto, tudo feito em casa.

Karin é um dos exemplos de empreendedorismo que une força de vontade, criação, talento, persistência, entre outros atributos. As atividades que se transformam em micro empreendimentos mostram dados reveladores no Brasil, especialmente com a pandemia que levou as pessoas a buscarem uma alternativa de renda.

Segundo o GEM (Global Entrepreneurship Monitor), em 2021, o Brasil registrou mais de 3,9 milhões de pequenos empreendimentos, que representaram aumento de 19,8% de novos negócios sobre o ano anterior.

A empresária e advogada, também é nutricionista e membro da diretoria da ACISBEC (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo). Formada em 1994, deixou a profissão de lado para se dedicar a outros negócios. Bastou uma oportunidade para resgatar o talento que estava sobreposto por outras necessidades. Chegou a pandemia que trouxe o isolamento social, medidas restritivas para o comércio e até o fechamento das atividades econômicas.

Com essa situação e tempo sobrando, coisa rara na rotina do dia, Karin resolveu ocupar os momentos livres e atender a família e os amigos próximos que conheciam o seu dom e o gosto por cozinhar. “Comecei como uma brincadeira. Além de gostar demais, é uma forma de desestressar”, conta.

Pão gourmet – No início, era para uns e outros. “Mas começaram a me pedir toda semana”, lembra. Hoje ela faz média de 34 pães por semana e comercializa por meio de uma lista de transmissão no WhatsApp. Montou um ateliê na sua casa, em São Bernardo, adquiriu uma masseira, com capacidade para 25 quilos de farinha, além de outros equipamentos e acessórios.

Dessa forma, Karin criou o pão gourmetizado. O cuidado na produção é impecável, são 48 horas entre a preparação, a fermentação a frio (12 horas), o processo de modelar, crescer e assar. O pão italiano é o carro-chefe, mas a linha de produtos inclui também o de leite, brioche e o australiano.

 A farinha é especial e a fermentação natural. “Esse é um processo diferenciado que ajuda na degradação do glúten e torna o produto mais natural”, explica.

Com a sua determinação, Karin planeja os próximos passos: abrir as portas da padaria diferente e comercializar os seus pães especiais para o público em geral. “Já pensei em uma portinha no Bairro Nova Petrópolis. Vamos ver!”, comentou. A depender da sua firmeza e capricho será apenas uma questão de oportunidade.