MGTEC Recebe Protesto de Futuros Moradores

Neste sábado (28), por volta das 10hrs, um grupo de futuros moradores fizeram um protesto contra a construtora MGTEC.

  • Data: 29/01/2023 14:01
  • Alterado: 31/08/2023 19:08
  • Autor: Nilton Pimentel
  • Fonte: ABCdoABC
MGTEC Recebe Protesto de Futuros Moradores

Crédito:Nilton Pimentel/ABC do ABC

Você está em:

 O sonho da casa própria é a realidade da grande maioria dos brasileiros, e um grupo de pessoas estão muito próximos de realizar esse grande sonho, se trata do empreendimento Residencial Moratta, da construtora MGTEC, localizado no bairro Parque Espacial, em São Bernardo do Campo. Os apartamentos começaram a serem comercializados em 2019, em parceria com o programa de governo Casa Verde e Amarela (antiga Minha Casa Minha Vida), que oferece melhores condições de financiamento imobiliário, ele se dividem em 3 faixas de renda. Assim, pessoas com renda bruta mensal de até R$ 8 mil podem sair do aluguel.

Com previsão de entrega para março, podendo chegar no máximo até 180 dias de atraso, os compradores tem enfrentado um grande problema, se trata do reajuste do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que é aplicado pelas construtoras nas compras financiadas de imóveis na planta. Quem vai comprar um imóvel na planta financiado precisa saber que durante o período de obras o saldo devedor é reajustado de acordo com o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC). Os compradores afirmam não terem sido avisados sobre o reajuste quando assinaram seus contratos, e alguns ainda questionaram se teriam algum valor a ser pago além das anuais, parcelas da entrada e os avanços de obra, e tiveram como resposta dos corretores e demais envolvidos que não teria mais nada a cobrar. Mas para a surpresa e desespero de todos, no início deste mês de janeiro, receberam uma notificação por e-mail, com uma cobrança total do reajuste em cima do valor total do empreendimento, os valores variam de acordo com cada contrato e podem chegar a quase 40 mil reais, e o agravante segundo os protestantes é a falta de empatia e transparência da construtora, que entrou em contato por e-mail, dando um prazo de aproximadamente 20 dias para o pagamento, com opções de pagar 50% dos valores e parcelarem o restante, sendo valores totalmente fora do orçamento familiar, já que a maioria pagam aluguel, o avanço de obra que já supera a expectativa que foi lhes dada, entrada que foi parcelada até a entrega dos apartamentos, e as despesas da família que são recorrentes. Uma grande queixa também é a falta de comunicação com a construtora, quando atendidos por telefone, funcionários não sabiem informá-los sobre o assunto, e por e-mail obtinham respostas objetivas nada esclarecedoras.

 Após muitas reuniões virtuais e discussões em grupos de whatsapp entre os futuros vizinhos, tomaram a decisão de não esperarem mais, e agirem em protesto, com o objetivo de serem ouvidos pela construtora de forma adequada, e também alertar possíveis novos clientes a não serem tratados da mesma forma. Um grupo se reuniu em frente ao local que está sendo construído o prédio com cartazes com dizeres “fomos enganados”, “o sonho da casa própria virou pesadelo” e “promessas falsas”, apitos, cornetas e um coro de “fomos enganados”, e não pararam por aí, seguiram para uma stand de vendas da MGTEC na Avenida Imirim 1443, em São Paulo, onde repetiram todo o roteiro e alcançaram uma boa repercussão entre moradores da região. Um grupo local, responsável por divulgações informativas da região postou em sua página no facebook e teve comentários como o de Marly Ferreira: “Nossa, obrigada pelo alerta, pois estou vendendo meu apartamento e estava querendo comprar um desses, porque achei o preço bom. Obrigada pela informação”

 Em depoimento ao Portal ABC do ABC, Guilherme Barbosa, um dos compradores disse: “Estou totalmente indignado com a construtora MGTEC, que está me cobrando o valor de R$ 31.128,64 de INCC em cima do valor financiado com a caixa, sem nenhum aviso prévio e nenhuma transparência, sinto que eles agiram de má fé, pois se tivessem falado isso na hora da compra, jamais teria comprado, iria em qualquer outra construtora que não cobre esse valor. Logo na compra do bem mais importante da minha vida, fui completamente enganado, e pior ainda foi descobrir essa surpresa próximo a entrega das chaves. O meu sonho da casa própria, virou um completo pesadelo. Sem nenhum respaldo da construtora o que nos restou foi manifestar nossa indignação e alertar outras pessoas para que não sejam enganadas como nós fomos.

 Flávia Dias Moura, auxiliar de enfermagem, 46 anos, também futura moradora do Moratta, tem uma filha de 16 anos, que é deficiente visual. Quando comprou seu apartamento estava solteira e com muito esforço cumpria com suas obrigações financeiras, mas com a notícia da cobrança de R$:27.000,00, ficou desesperada e tentou algumas soluções, mas não viu nenhuma opção para pagar um valor tão alto como exigido, e começou a ter complicações na sua saúde: “Um dia acordei com tremores, palpitação e falta de ar, não tinha dormido direito pensando nessa situação e fui parar no hospital, o médico me afastou do trabalho, estou fazendo uso de medicamentos controlados (tarja preta), quando tenho crise de ansiedade, só consigo dormir a base de remédios.”

 Os manifestantes disseram que esse foi o primeiro passo, e foi satisfatório para uma primeira medida, mas não irão descansar até ver a situação resolvida.

 Tentamos contato com a construtora MGTEC mas não tivemos sucesso, mas nos colocamos à inteira disposição para acrescentarmos a versão da construtora para mais esclarecimentos.

Compartilhar:
1
Crédito:Nilton Pimentel/ABC do ABC
1
Crédito:Nilton Pimentel/ABC do ABC
1
Crédito:Nilton Pimentel/ABC do ABC
1
Crédito:Nilton Pimentel/ABC do ABC

  • Data: 29/01/2023 02:01
  • Alterado:31/08/2023 19:08
  • Autor: Nilton Pimentel
  • Fonte: ABCdoABC









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados