Memória: Quando se preocupar?

Atividades físicas e intelectuais são algumas das formas de prevenção de doenças relacionadas à perda de memória

  • Data: 07/02/2025 10:02
  • Alterado: 07/02/2025 10:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: USCS
Memória: Quando se preocupar?

Professora Claudia Cristina Ramos

Crédito:Arquivo pessoal

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Em qual ponto um esquecimento durante uma conversa ou tarefa do dia a dia deixa de ser considerado um fato normal e passa a ser uma questão de saúde? “É muito comum esquecer alguma informação quando estamos sobrecarregados, fazendo mais de uma tarefa por vez ou em situações de estresse. O sinal de alerta é quando esse esquecimento é recorrente e há uma piora progressiva, a ponto de atrapalhar as atividades do dia a dia“, explica a neurologista e docente do curso de Medicina da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), professora Claudia Cristina Ramos.

Há várias causas que levam ao quadro demencial, a mais comum é a doença de Alzheimer, além de sequelas de doenças como, por exemplo, meningite, AVC ou Covid. Falta de algumas vitaminas também pode influenciar na ocorrência de problemas de memória, o que é diagnosticado via exames laboratoriais, para que seja indicada a reposição. Exames de imagem também são utilizados na investigação.

O Alzheimer apresenta sintomas como: esquecimentos de fatos recentes, desorientação em tempo e espaço, dificuldade de encontrar palavras, redução de interesse nas atividades rotineiras, depressão e agressividade.

São diversos os fatores de risco para a doença, entre eles estão a idade, a predisposição genética, doenças crônicas (como diabetes e hipertensão), depressão, obesidade, sedentarismo, tabagismo, uso abusivo de álcool, e traumatismo craniano. Segundo publicação de julho de 2024 da revista médica The Lancet, a lista cresceu, incluindo a perda de visão não tratada e o LDL alto (conhecido como colesterol ruim) como possíveis causadores da doença.

Embora já haja testes genéticos que permitam saber sobre a predisposição do Alzheimer, esse é apenas um dos fatores de risco e não necessariamente irá determinar se o indivíduo realmente vai desenvolver a doença. “Além do fator genético, há os fatores ambientais, muito relacionados ao estilo de vida. Manter se sempre ativo intelectualmente, fazer cursos, aprender diferentes línguas… esses são alguns exemplos do que pode melhorar o desempenho cognitivo, diminuindo a chance de desenvolver um quadro demencial. Então mesmo sabendo que existem esses testes, eles não são indicados na prática clínica, pois o fato de haver a predisposição, não significa que o indivíduo irá ter a doença”, afirma a neurologista.

O ideal é que as pessoas busquem a prevenção cuidando dos fatores de risco, como por exemplo: manter uma dieta saudável, como a dieta mediterrânea; suplementar vitaminas caso necessário; não fumar nem consumir bebidas alcoólicas em excesso; cuidar e acompanhar pressão e diabetes; tratar precocemente a depressão; realizar atividades físicas; manter-se ativo, corpo e mente. “Essas escolhas do dia a dia tem um potencial muito maior de ajudar a evitar as doenças do que os testes médicos que, na prática, não conseguem dizer exatamente o que vai acontecer”, finaliza.

Outra recomendação é, durante as atividades de lazer, incluir atividades intelectuais, como jogos de memória, palavras cruzadas, sudoku, cursos, entre outras. “É importante diminuir a atividade de multitarefas, evitando sobrecarga e stress, e equilibrar as ações do dia a dia com atividades de lazer e cognitivas, além de evitar estímulos visuais, não acessando o celular antes de dormir, o que ajuda na qualidade do sono. Há momentos de atualização de informações e notícias, mas momentos de fazer atividades que exercitem o lado bom”, recomenda Claudia.

Se a pessoa tiver queixas ou histórico familiar da doença é importante consultar um especialista para fazer um programa de prevenção, associando os fatores para diminuir o risco de ter um quadro demencial, como a reposição de vitaminas, e exames de imagem para acompanhamento. Dependendo do diagnóstico, pode ocorrer o estudo do caso associado à psicoterapia ou psiquiatria.

Alzheimer e Covid: Há estudos que demonstram que pacientes pós-Covid tiveram o comprometimento do sistema nervoso central, em áreas ligadas à memória, mesmo em casos que a doença não se desenvolveu de forma grave. “É muito comum pacientes apresentarem queixas em relação à memória pós-Covid. Muitas vezes, esse quadro vai se revertendo depois de alguns meses, mas é importante uma avaliação profissional, para analisar se há algo que possa ser feito para acelerar esse processo de melhora”, explica a docente.

Fevereiro Roxo e Laranja: A campanha Fevereiro Roxo e Laranja visa conscientizar sobre a prevenção, diagnóstico e combate a quatro doenças: Lúpus, Alzheimer, Fibromialgia (roxo) e Leucemia (laranja). Algumas delas não têm cura, mas um tratamento qualificado e prolongado. Ações para a prevenção e atenção a sintomas são essenciais para o seu controle e qualidade de vida.

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  • Data: 07/02/2025 10:02
  • Alterado:07/02/2025 10:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: USCS


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