Leila critica punição da Conmebol em caso de racismo
Palmeiras busca mudanças no combate ao racismo
- Data: 10/03/2025 21:03
- Alterado: 10/03/2025 21:03
- Autor: Redação
- Fonte: GE
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, expressou sua insatisfação com a resposta da Conmebol em relação ao ato de racismo sofrido por Luighi, jogador do clube, durante uma partida da Libertadores Sub-20. O incidente ocorreu enquanto o Verdão enfrentava o Cerro Porteño, quando um torcedor imitou o som de um macaco em direção ao atleta.
Em resposta ao episódio, a Conmebol impôs uma multa de 50 mil dólares ao Cerro Porteño, além de exigir uma postagem nas redes sociais e a proibição da presença de torcedores nas próximas partidas da competição, mesmo com o time já eliminado. Esta sanção foi considerada insuficiente pela dirigente alviverde.
“A penalidade aplicada pela Conmebol é risível”, afirmou Leila em entrevista à Cazé TV antes do clássico contra o São Paulo. “Para atrasos no início de jogos a multa é de 100 mil dólares e para uso de sinalizadores, 78 mil dólares. É inaceitável que um crime tão grave como o racismo seja tratado com tamanho descaso. Já enviamos uma carta à FIFA solicitando intervenção“, completou.
Leila Pereira destacou também a necessidade de união entre os clubes para pressionar a entidade sul-americana por medidas mais severas contra o racismo. Ela comentou sobre a distribuição da multa imposta, que será destinada ao Complexo Conmebol Suma no Paraguai, ressaltando que essa quantia deveria beneficiar diretamente as vítimas de racismo, e não a própria entidade.
Além disso, a presidente sugeriu que os clubes brasileiros considerem se filiar à Concacaf como uma alternativa à atual gestão da Conmebol, dada a sua importância econômica dentro do futebol sul-americano. “O Brasil representa 60% da receita da Conmebol e ainda assim somos tratados dessa forma. Precisamos pensar em alternativas que beneficiem nossos clubes”, argumentou.
O episódio gerou repercussão significativa entre os jogadores e torcedores do Palmeiras, que se mobilizaram em solidariedade a Luighi. A situação levantou um debate mais amplo sobre o racismo no futebol e as respostas das autoridades competentes frente a esse tipo de crime.
Luighi, após o jogo, fez um desabafo sobre o ocorrido e criticou a falta de ação efetiva por parte da Conmebol e dos organizadores do evento, enfatizando que o foco deveria ser no combate ao racismo e não apenas em questões relacionadas ao desempenho esportivo.
O Palmeiras segue firme em sua posição contra atos discriminatórios e continua buscando apoio para implementar mudanças significativas na forma como a Conmebol lida com questões de racismo no futebol sul-americano.

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