Industriais de São Bernardo conhecem novo plano de governança do CIESP

Rafael Cervone, vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) e candidato da Chapa 2 à presidência nas eleições de 5 de julho próximo, apresentou na tarde de ontem (24/06) a empresários de São Bernardo do Campo, em reunião virtual, o novo plano de governança para a entidade, “cuja rede, com mais de 7,5 mil associados, é decisiva como fonte de informação, conhecimento e soluções para o desenvolvimento do setor”, frisou. A plataforma de trabalho para a gestão que se iniciará em 1º de janeiro de 2022 é intitulada de 5G, numa analogia com a nova tecnologia que revolucionará o ambiente de negócios.

Salientando que a pandemia acelerou o processo de transformações da economia e do surgimento de soluções disruptivas, Cervone, que também é vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), afirmou que “o CIESP tem a missão de apoiar as empresas nesse processo, contribuindo para o aumento da produtividade e competitividade do setor”. Os 5Gs são os seguintes: Gente; Gestão; Governança com Responsabilidade Social e Ambiental (ESG); Globalização; e Gosto pela Mudança.

No tocante a Gente, Cervone ressaltou que são as pessoas que promovem as mudanças. A indústria é o setor que gera os empregos de melhor qualidade e mais investe em pesquisa e desenvolvimento. Por isso, é preciso investir no ser humano. Nesse sentido, a integração entre as empresas e as instituições formadoras, como Sesi e Senai, nunca foi tão importante para a rápida adaptação dos cursos de educação formal, técnica e acadêmica às reais necessidades do mercado.

Quanto à Gestão, é crucial que seja responsável na administração dos recursos, voltada à prioridade de atender as empresas e atuar na defesa e fortalecimento da indústria. “A Governança com Responsabilidade Social e Ambiental é outra prioridade, pois as empresas e as entidades de classe devem relacionar-se cada vez mais com os stakeholders e todos os públicos de seu interesse. Os consumidores querem conhecer os valores de cada organização e o que ela faz pela comunidade na qual está inserida, a sociedade e o País. Os investidores também têm optado por empresas que respeitam o meio ambiente e as boas práticas. O CIESP apoiará os associados nessa área”, frisou Cervone.

No que diz respeito à Globalização, o vice-presidente do CIESP observou: “É necessária a inserção das indústrias nas cadeias internacionais de fornecimento. O mercado brasileiro já é grande, mas o mundo é muito maior e temos todas as condições de conquistá-lo. Para isso, urge aumentar a musculatura de nossas empresas e promover ganhos de competitividade, para concorrer em igualdade de condições”.

Quanto ao G do Gosto pela Mudança, Cervone afirmou ser importante ter mentalidade de startup, com muito foco em inovação. “É preciso agilidade, evitar e corrigir erros, saber fazer as transformações quando elas forem necessárias e aprender rapidamente com a conjuntura e os problemas. Esses são conceitos que devem ser incorporados no nosso dia a dia. A conexão entre a indústria e startups é justamente uma das missões do CIESP na era 5G”.

A empresária Elizabeth Bighetti, de São Bernardo do Campo, observou que conseguia vislumbrar os resultados dessa proposta de trabalho, que é congruente com as rápidas mudanças em curso no Brasil e no mundo. César Garbus, também industrial no município, disse compartilhar da opinião, reiterando a necessidade de fortalecimento da indústria para a retomada econômica.

União CIESP/FIESP

A Chapa 2 para a eleição do CIESP, com Cervone na presidência, tem representatividade nos 42 departamentos regionais da entidade. Conta com número expressivo de mulheres e jovens empreendedores e 52% dos seus membros não têm qualquer participação na entidade, num processo de renovação. Dentre todos os integrantes, 78% são do Interior.

O candidato a primeiro-vice-presidente é Josué Gomes, que concorre, em chapa única, à presidência da FIESP, na qual seu primeiro-vice é Cervone, estabelecendo-se, assim, um elo entre as duas entidades. Tal composição atende a um pedido das bases setoriais, que manifestaram querer presidentes diferentes, mas total sinergia entre as duas casas.