Fundação Salvador Arena apoia projeto de educação inclusiva na rede pública estadual

O projeto implementado em parceria com o Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas impacta diretamente 104 mil alunos de escolas públicas de São Paulo

  • Data: 29/11/2021 14:11
  • Alterado: 29/11/2021 14:11
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fundação Salvador Arena
Fundação Salvador Arena apoia projeto de educação inclusiva na rede pública estadual

'Capacitação de inclusão de professores utiliza métodos empíricos na Escola Estadual Francisco Roswell Freire'

Crédito:Divulgação

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Associação Educacional Labor desenvolveu o projeto ‘A Prática da Educação Inclusiva’, para viabilizar o acesso à educação inclusiva de qualidade por meio da capacitação de 484 gestores escolares de 108 escolas da Diretoria Regional de Ensino Sul 3, da rede estadual de educação de São Paulo, em parceria com o Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas. Os gestores levam a proposta para os 3500 professores, implementando a educação inclusiva em suas escolas. São beneficiados 104 mil alunos diretamente, dos quais 1.284 têm algum tipo de deficiência. O programa foi um dos selecionados pelo Programa de Apoio a Projetos Sociais (PAPS) da Fundação Salvador Arena (FSA) em 2020 e recebeu aporte de R$ 360 mil para sua execução. 

A Associação Educacional Labor identificou que, embora o direito à educação de todos, em classes regulares, esteja contemplado desde a Constituição Federal de 1988 e mais recentemente reforçado pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) as equipes educacionais ainda carecem de capacitação específica, pois enfrentam desafios para conduzir um processo pedagógico numa realidade de estudantes com e sem deficiência. 

“As licenciaturas dos profissionais da área de educação abordam o tema de forma superficial, insuficiente para garantir o acolhimento e a aplicação prática da inclusão no âmbito escolar. Por essa razão, nos debruçamos sobre este tema e convidamos o Amankay, que compartilhou sua expertise para o projeto piloto, evidenciando a importância e a urgência da ampliação desta formação”, revela Marlene Rodrigues, gerente de projetos da Associação Educacional Labor.

Assim, um projeto piloto foi implantado em 2018 na escola Francisco Roosevelt, no Grajaú, zona sul da capital paulista, e expandido em 2021 para todas as escolas da Diretoria Regional de Ensino Sul 3, que ocupa 45,5% do município e caracteriza-se por carências e privações que reproduzem desigualdades sociais e criam situações de vulnerabilidade. A região concentra também uma porcentagem maior de crianças, adolescentes e jovens (49%) em relação à média paulistana, que é de 38%. 

Após identificar as demandas do corpo diretivo e docente, as instituições mesclaram conceitos básicos da Educação Inclusiva, conhecimento de ferramentas digitais à Metodologia Labor, aumentando o letramento digital dos professores e preparando-os para o modelo educacional híbrido. A partir daí, foram realizadas oficinas de formação interativas e o estímulo para multiplicação do conteúdo das formações para as respectivas equipes educacionais, nos horários de trabalho pedagógico coletivo, conhecido como HTPC. 

Um dos objetivos práticos era promover a adaptação do planejamento e procedimento de ensino, garantindo que a inclusão ocorresse. Além do objetivo atingido, tivemos professores empoderados, com mais segurança para trabalhar, alunos com deficiência mais participativos e mais conscientes, criando uma atmosfera inclusiva”, comemora Marlene. 

“É muito importante a mudança de mentalidade acerca deste tema, pois ele não deve ser visto apenas sob a ótica das pessoas com deficiência e de seus educadores, mas sim, da sociedade como um todo”, explica a socióloga Marta Gil, coordenadora-executiva do Amankay Instituto de Estudos e Pesquisas, que realizou a curadoria de informações do projeto. 

“O projeto teve início durante o período de isolamento social, por isso fizemos uma adaptação para o online e tem sua conclusão prevista para 3 de dezembro de 2021. Além do ganho a curto prazo, que é viabilizar o acesso à Educação Inclusiva de qualidade, acreditamos na perenidade deste trabalho, por meio da criação de Grupos Articuladores que atuarão junto com as escolas e fortalecerão a cultura da inclusão nessa região”, complementa Marta. 

Sérgio Loyola, gerente de Desenvolvimento e Promoção Social da FSA, destaca que o projeto ‘A Prática da Educação Inclusiva’ está em linha com um objetivo macro compartilhado pela Fundação. “A partir de 2020 começamos a fazer uma intersecção de critérios com a Agenda 2030, que têm relação com a missão da Fundação, e este projeto atende a quase todos os requisitos que são a erradicação da pobreza e promoção do emprego pleno; redução das desigualdades; proporcionar o acesso à justiça para todos e uma vida saudável, com bem-estar para todos, em todas as idades; bem como educação equitativa, de qualidade; tudo isso com viés inclusivo e sustentável”, finaliza.

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