FDSBC realiza 4º Encontro dos Direitos da Criança e do Adolescente
Profissionais discutem afeto na infância durante evento acadêmico
- Data: 03/04/2019 15:04
- Alterado: 03/04/2019 15:04
- Autor: Marli Popolin
- Fonte: MP & Rossi Comunicações
Crédito:divulgação/Marli Popolin MP
A professora Denise Auad, da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, coordenou no último sábado (13 de abril), no Anfiteatro, o 4º Encontro sobre os Direitos da Criança e do Adolescente, norteado pelo tema Primeira Infância e Afeto.
A mesa solene foi composta pela coordenadora Denise Auad, pela representante do diretório Acadêmico Geovanna Mendes e pelos palestrantes Michelli Changman, Thais Nascimento Dantas e José Martins Filho.
A abertura contou com apresentação de Thais Nascimento Dantas, advogada do programa Prioridade Absoluta do Instituto Alana, o qual visa defender os direitos da criança e do adolescente, previstos na Constituição e reforçados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.
“Segundo pesquisa, 81% da população desconhecem os direitos da criança e do adolescente, embora 94% sejam a favor do seu cumprimento como prioridade absoluta”, ressaltou a advogada Thais.
A segunda palestrante foi Michelli Changman, juíza de Direito Titular da 2ª Vara Judicial da Infância e Juventude de Nova Odessa (SP), coordenadora do CEJUSC (Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania) e idealizadora do Projeto AFIN – Afeto na Infância. Você afinado com seu filho.
Durante sua exposição, a juíza fez questão de reforçar que a criança que recebe afeto de sua família durante a infância terá uma boa saúde mental no futuro. “A construção mais sólida da saúde mental está nos primeiros anos de vida e é nesse período também que ocorre a sua deterioração”.
O 4º Encontro sobre os Direitos da Criança e do Adolescente foi encerrado com a palestra de José Martins Filho, professor Titular Emérito da Unicamp, membro titular e ex-presidente da Academia Brasileira de Pediatria e escritor de 11 livros publicados.
Para o palestrante, até dois anos de idade, a criança não tem imunidade e precisa ficar ao lado dos pais. Por isso, defende a necessidade de se alterar a lei para que a mulher tenha uma licença maternidade maior.
“Até os dois anos de idade, a criança desenvolve o seu cérebro por meio de estímulos e sua personalidade, até os seis anos. Daí, minha afirmação clínica de que a falta de afeto provoca lesão cerebral”, justifica o médico José Martins Filho.
Ao final, a professora Denise Auad reiterou a importância desse tipo de evento acadêmico para promover maior integração entre as áreas jurídicas e de saúde para troca de experiências e de conhecimento.