Crescimento econômico do Brasil atinge 3,4% em 2024

O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento

  • Data: 07/03/2025 10:03
  • Alterado: 07/03/2025 10:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: IBGE
Crescimento econômico do Brasil atinge 3,4% em 2024

Crédito:Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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O Brasil registrou um crescimento econômico de 3,4% em 2024, marcando a maior expansão desde 2021. Os dados referentes ao Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de bens e serviços produzidos no país, foram divulgados na manhã desta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este resultado é significativo, pois representa o quarto ano consecutivo de crescimento. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro alcançou R$ 11,7 trilhões.

Os principais motores desse crescimento foram os setores de serviços e indústria, que apresentaram aumentos de 3,7% e 3,3%, respectivamente, em comparação com 2023. Em contraste, o setor agropecuário registrou uma queda de 3,2%.

Na perspectiva da produção, o IBGE destacou que três segmentos contribuíram para aproximadamente metade do crescimento do PIB em 2024:

  • Outras atividades de serviços: aumento de 5,3%
  • Indústria de transformação: crescimento de 3,8%
  • Comércio: elevação de 3,8%

Dentre as indústrias, a construção civil se destacou com uma alta expressiva de 4,3%.

Após um robusto crescimento de 16,3% em 2023, a agropecuária enfrentou um retrocesso em 2024. O IBGE atribui essa queda a fatores climáticos adversos que afetaram culturas cruciais como soja (-4,6%) e milho (-12,5%).

No aspecto do consumo, o consumo das famílias foi o destaque com um crescimento notável de 4,8%. A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, atribui esse desempenho à melhora na renda disponível da população.

“O consumo das famílias teve uma combinação favorável devido aos programas de transferência de renda implementados pelo governo, à continuidade da recuperação do mercado de trabalho e às taxas de juros que foram em média mais baixas que as observadas em 2023”, analisa Palis.

No final de 2024, o Brasil apresentou uma taxa de desemprego de 6,6%, a mais baixa já registrada. O IBGE também indicou que a taxa básica de juros (Selic) média ficou em 10,9% ao ano (a.a.), comparado aos 13% a.a. do ano anterior.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador dos investimentos no país, cresceu 7,3%. Embora esse aumento seja superior ao do consumo das famílias, sua influência no cálculo do PIB é menor. Já o consumo governamental teve um crescimento modesto de 1,9%.

As importações subiram consideravelmente em 14,7% durante o ano; por outro lado, as exportações aumentaram apenas 2,9%.

No quarto trimestre de 2024, a economia cresceu modestamente em 0,2%, sugerindo uma estabilidade econômica. Segundo Palis, fatores como a inflação e o aumento das taxas de juros – medidas adotadas pelo Banco Central para controlar os preços – foram responsáveis pela contenção do crescimento.

“No último trimestre do ano observamos que o PIB manteve-se quase estável; houve aumento nos investimentos mas queda no consumo das famílias. Essa desaceleração deve-se a um leve aumento na inflação, especialmente nos preços dos alimentos”, explica Palis.

Além disso, a especialista destaca que mesmo com melhorias no mercado de trabalho, os efeitos da alta nas taxas de juros iniciadas em setembro do ano anterior já estavam impactando a economia no final do ano.

Por fim, o PIB per capita alcançou R$ 55.247,45 em 2024, representando um aumento real de 3% em relação ao ano anterior após ajustes pela inflação.

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  • Data: 07/03/2025 10:03
  • Alterado:07/03/2025 10:03
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  • Fonte: IBGE











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