ACISBEC é palco de tema sobre acessibilidade
Objetivo do evento é difundir a cultura de inclusão no mercado de trabalho
- Data: 12/09/2019 14:09
- Alterado: 12/09/2019 14:09
- Autor: Redação
- Fonte: ACISBEC
Crédito:divulgação/ACISBEC
A interseccionalidade, palavra que parece incomum na rotina do dia a dia é muito presente no cotidiano de pessoas com deficiência. O termo explica os fatores de opressão sobrepostos como ser deficiente e negro ou gay. A ACISBEC (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo) recebeu na manhã desta quinta-feira (12) evento sobre a falta de cultura de diversidade e de inclusão. O encontro também abordou as demandas de trabalho para pessoas com mais de 40 anos.
Promovido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Trabalho e Turismo da Prefeitura de São Bernardo do Campo (SDECT), por meio da CTR (Central de Trabalho e Renda), o objetivo da ação é conscientizar e difundir a importância de incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho e excluir o preconceito.
Valter Moura Júnior, vice-presidente da ACISBEC, ressaltou a importância de apoiar esse tipo de evento na associação. “Ainda há dificuldade e discriminação para esse público, por isso, quanto mais ampliarmos as informações, melhor! Não só para as pessoas com deficiência, mas para aquelas com mais de 40 anos, que muitas vezes são profissionais com grandes experiências”, disse.
O evento foi conduzido por Tabata Contri, 38 anos, consultora de inclusão da pessoa com deficiência da Talento Incluir, consultoria especializada no tema. A palestrante, que também é atriz e formada em Marketing, começou a palestra sobre sua história de superação, que começou aos 20 anos de idade quando sofreu um acidente de carro e ficou paraplégica. “Eu não nasci cadeirante. No início, a tragédia não me dava perspectivas na vida, não conhecia ninguém ao meu redor como eu, nem amigos, nem na escola. Mas, a nova condição não me impediu de buscar os meus sonhos. Consegui voltar ao mercado de trabalho quatro anos após a lesão e nunca mais parei. O que a sociedade precisa entender é que somos cadeirante, porém a mesma pessoa e precisamos de oportunidade e não caridade,” concluiu.
A consultora destacou a importância em reforçar a mentalidade junto às corporações. “Diversidade e inclusão não podem mais ser um discurso, as empresas precisam contratar as pessoas pelo seu talento e não como um número, obedecendo apenas a Lei de Cotas”, afirmou.
O secretário da SDECT, Hiroyki Minami, presente ao evento, disse que essas ações são importantes para mudar a cultura inclusiva e que a agência de emprego público da cidade oferece constantemente vagas para pessoas com deficiência.
Fernando Santana do Nascimento, gerente regional do Trabalho de São Bernardo, prestigiou o evento e disse que o Ministério está de portas abertas para auxiliar sobre o tema. “O Ministério não faz só cobrança a respeito de contratação para que as empresas obedeçam a Lei de Cotas. Nós temos consciência que tanto os profissionais com deficiência quanto os com mais de 40 anos têm qualidades e não oportunidades”, afirmou.