Alunos da FEI disputam pela 10ª vez o Fórmula SAE Brasil-Petrobras
Equipes levarão dois protótipos de carro tipo fórmula, para competir nas categorias combustão e elétrico com universitários de todo o País
- Data: 24/10/2013 17:10
- Alterado: 24/10/2013 17:10
- Autor: Redação
- Fonte: Press Services
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Com duas equipes, totalizando 11 alunos, o Centro Universitário da FEI estará mais uma vez bem representado na 10ª edição do Fórmula SAE Brasil – Petrobras, que ocorre em Piracicaba (SP), de 1 a 3 de novembro, com a participação de 37 equipes universitárias de todo o País. A FEI disputará em duas categorias, Combustão e Fórmula Elétrico, com grandes chances: uma das equipes é hexacampeã na categoria Combustão e favorita ao troféu deste ano. Os carros são desenvolvidos pelos alunos de Engenharia Mecânica e Engenharia Elétrica, sob supervisão dos professores.
As equipes que conquistarem os melhores resultados se classificam para a final mundial, programada para 14 a 17 de maio de 2014, em Michigan – EUA. A FEI já está classificada, por ter ficado entre as 10 melhores equipes no mundial deste ano, na categoria Combustão (realizado em maio, em Michigan – EUA).
“Os últimos resultados mostram a seriedade da FEI e dos alunos em relação ao projeto Fórmula. Para essa competição, fizemos ajustes nos carros, para adequá-los às novas normas de suspensão, e vamos testar o novo pacote aerodinâmico”, diz o professor Roberto Bortolussi, coordenador do curso de Engenharia Mecânica da FEI e também do projeto Fórmula.
O protótipo RS8 – que corre na categoria Combustão – tem como pontos fortes a confiabilidade, manobrabilidade e baixa massa (peso). “As principais novidades deste projeto em relação ao modelo anterior são: a utilização do pacote aerodinâmico, que permite maior força de contato pneu/solo, e o controle de tração inteligente, que faz a leitura das velocidades nas quatro rodas e coordena o torque disponibilizado pelo motor, garantindo excelente desempenho longitudinal, em especial, em condições de chuva”, explica Renato Fontana, aluno de Engenharia Mecânica e capitão de uma das equipes da FEI.
Nos três dias de competição, os carros são avaliados em provas estáticas e dinâmicas. As equipes também precisam fazer apresentações técnicas, que incluem projeto, custo e apresentação de marketing, em que é destacada a viabilidade econômica e comercial do carro. Os protótipos passam por avaliação rigorosa da segurança e de itens do regulamento. No segundo dia, acontecem as provas de aceleração, numa reta de 75 metros, e de estabilidade lateral. A prova mais difícil é realizada no domingo: o enduro de resistência de 22 km. Todas as etapas são pontuadas de forma diferente, para garantir que o melhor conjunto de projeto e carro vença o desafio.
Sobre o favoritismo da FEI na competição, Renato Fontana ressalta a evolução da qualidade técnica dos concorrentes: “Alcançamos ótimos resultados nos anos anteriores nessa competição nacional, mas, neste tipo de disputa, um pequeno detalhe pode atrapalhar o trabalho realizado durante todo o ano. Além disso, a cada ano, aumentam o número e a qualidade técnica das equipes, o que deixa o Fórmula SAE Brasil – Petrobras em um nível mais alto de competitividade.”
Para correr na categoria Fórmula Elétrico, o carro (denominado RB1) passou por mudanças em relação ao campeonato nacional de 2012. Segundo Douglas Lopes, da equipe Fórmula FEI Elétrico, entre elas estão: a melhoria na segurança e a atenção dada ao afinamento do controle e do powertrain, bem como a preocupação na redução de peso e da otimização de algumas peças do carro para obter melhor distribuição de massa. “O banco foi substituído por um assoalho desenvolvido com um blend de materiais, que tem como base a fibra de carbono”, explica Douglas.
Entre os pontos fortes do carro elétrico, estão a confiabilidade do sistema como um todo; a distribuição de massa e, consequentemente, uma dinâmica equilibrada; um sistema avançado de telemetria e aquisição de dados, que auxilia o desenvolvimento e afinamento do carro e o acesso do piloto no próprio volante a informações importantes, como a tensão das baterias, velocidade do carro, temperatura do controlador e motor e RPM do carro por meio de um display de LCD.
Ficha Técnica – RS8
• monoposto do tipo fórmula
• chassi tubular
• placas de fibra de carbono e colméia nomex coladas com adesivo estrutural
• carroceria em fibra de carbono e vidro
• peças fabricadas a partir de alumínio aeronáutico, a fim de garantir resistência mecânica e baixa massa
• motor YAMAHA WR 450cc monocilíndrico
• sistema de injeção eletrônica Fueltech.
Ficha Técnica – RB1
• Chassi tubular
• Motor de indução trifásico
• Relação de transmissão de 5:1
• Controlador WEG CFW11
• 160 células 3,7V/10Ah
• Alimentação 12 V DC/ 300V AC
FÓRMULA SAE COMBUSTÃO – O Fórmula SAE é uma competição estudantil organizada pela Society of Automotive Engineers (SAE), que começou em 1978, no Texas, EUA, inicialmente denominada SAE Mini Indy. A carência de engenheiros especializados em veículos de alta performance alavancou o surgimento da competição, criada para promover uma oportunidade aos estudantes de nível superior de ganhar experiência no gerenciamento do projeto e construção, e para aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de Engenharia. No Brasil, a 1ª competição do Fórmula SAE ocorreu em 2004. Além do Brasil e Estados Unidos – onde são reunidas as melhores equipes de cada país –, as competições de carros Fórmula SAE Combustão são realizadas na Inglaterra, Alemanha, Austrália, Áustria, Espanha, Hungria, Itália e Japão.
FÓRMULA SAE ELÉTRICO – O Fórmula Elétrico SAE é mais um desafio lançado aos estudantes de Engenharia que já competem há alguns anos na Categoria Combustão. O principal objetivo é propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de Engenharia Automotiva entre estudantes e futuros profissionais da Engenharia da Mobilidade. A categoria ocorre desde 2007 nos EUA. No Brasil, a modalidade foi iniciada em 2012.