Apoiadores de Bolsonaro se Reúnem em Copacabana para Manifestação em Prol da Anistia
Manifestantes bolsonaristas se reúnem em Copacabana pedindo anistia e apoio a Bolsonaro em meio a tensões políticas no Brasil.
- Data: 16/03/2025 10:03
- Alterado: 16/03/2025 10:03
- Autor: Redação
- Fonte: FolhaPress
Neste domingo (16), manifestantes fiéis ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se congregaram em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, com o intuito de apoiar um projeto de anistia aos envolvidos nos tumultos de 8 de janeiro de 2023. O evento ocorre em meio a um cenário político conturbado e uma crescente polarização no país.
A concentração teve início pela manhã, especialmente ao longo da Avenida Atlântica, que se estende ao lado da famosa praia. Embora Bolsonaro tenha sugerido que o ato reuniria cerca de um milhão de pessoas, seus aliados consideraram essa estimativa exagerada e não divulgaram números oficiais sobre a expectativa de público.
Antes do início da manifestação, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comentou com a imprensa sobre a importância do ato, afirmando que seria “um passo significativo para vencer o alexandrismo“, em alusão ao ministro Alexandre de Moraes, do STF. O senador criticou as penas severas impostas aos réus envolvidos nos atos violentos, considerando-as desproporcionais.
Entre os participantes, muitos exibiam camisetas com mensagens em apoio aos presos políticos, destacando slogans como “Liberdade já para os presos políticos“. Na areia da praia, cartazes foram posicionados, apresentando figuras do bolsonarismo que alegam estar sendo alvo de perseguição judicial.
As bandeiras vendidas por ambulantes no local traziam críticas à inflação de alimentos básicos, como carne e café, além de apelos pela volta de Bolsonaro à presidência em 2026. Também estavam presentes itens que atacavam diretamente Alexandre de Moraes e clamavam “Fora Lula“, bem como referências a figuras da extrema-direita global, como Elon Musk.
Os temas tradicionais do bolsonarismo ainda mobilizam os apoiadores do ex-presidente. Um estande montado na manifestação promovia materiais sobre “Orgulho hétero”, reforçando a defesa dos chamados “valores cristãos” e a crítica à “Ideologia de gênero“.
No entanto, alguns participantes expressaram preocupação quanto à adesão ao protesto. Um apoiador mencionou um clima de receio entre os simpatizantes, afirmando que “as pessoas estão com medo” de se manifestar abertamente.
Nas proximidades do hotel onde Bolsonaro está hospedado, parlamentares aliados gravavam vídeos e tiravam fotos com os apoiadores. Entre eles estavam Zé Trovão, Sargento Fahur e Carlos Jordy, além do padre Kelmon e André Fernandes.
A manifestação também visa contestar as acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente relacionadas à investigação dos eventos golpistas após as eleições presidenciais de 2022.
Além da presença aguardada de Jair Bolsonaro, outros nomes relevantes no evento incluem o pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato, assim como o senador Flávio Bolsonaro e Priscila Costa (PL), vereadora em Fortaleza e vice-presidente do PL Mulher. Esta última deverá ocupar o lugar da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que se recupera de uma cirurgia recente.
Bolsonaro contará com a participação dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ) e Jorginho Mello (PL-SC) durante a manifestação.
Embora tentativas tenham sido feitas para incluir o impeachment do presidente Lula (PT) como um tema central do ato, o ex-mandatário ajustou o foco para as pautas “fora Lula 2026” e “anistia já”.
A proposta de anistia busca criar um ambiente político favorável para eventualmente reverter a inelegibilidade imposta a Bolsonaro. O ex-presidente foi condenado em dois processos pela Justiça Eleitoral e encontra-se impossibilitado de concorrer até 2030. Mesmo assim, ele continua se posicionando como candidato ao Palácio do Planalto nas próximas eleições, apostando na possibilidade de reversão jurídica das condenações.
Uma das razões para sua inelegibilidade foi a realização de uma campanha política em Copacabana durante as festividades oficiais do Bicentenário da Independência em 2022, considerado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como abuso de poder.
Bolsonaro retornou a Copacabana para um novo ato em abril do ano anterior, quando elevou as críticas ao ministro Alexandre de Moraes e ao então presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
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