Aldeia Renascer Ywyty Guaçu inova com câmeras e drone para proteger a Mata Atlântica

Aldeia Renascer em Ubatuba ganha tecnologia para proteger fauna da Mata Atlântica e valorizar cultura indígena

  • Data: 14/02/2025 13:02
  • Alterado: 14/02/2025 13:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP
Aldeia Renascer Ywyty Guaçu inova com câmeras e drone para proteger a Mata Atlântica

Aldeia Renascer Ywyty Guaçu, localizada em Ubatuba

Crédito:Divulgação/Governo de SP.

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A aldeia Renascer Ywyty Guaçu, situada em Ubatuba, recebeu recentemente um conjunto de câmeras e um drone, destinados ao monitoramento da fauna na Mata Atlântica. Este bioma, considerado um dos mais ricos e ameaçados do Brasil, cobre cerca de 15% do território nacional. A ação é resultado de uma avaliação promovida pela Secretaria da Justiça e Cidadania, através da Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas (CPPI).

O projeto contempla a instalação de cinco câmeras do tipo trap e um drone. O principal objetivo é monitorar a vida selvagem da região e, ao mesmo tempo, proporcionar segurança à comunidade indígena. Os equipamentos estão equipados com sensores de movimento que acionam as câmeras automaticamente quando animais se aproximam, possibilitando o registro de imagens das espécies nativas.

Essa iniciativa faz parte do Programa Guardiões da Floresta (Kagwydja), promovido pela Fundação Florestal. Além de fornecer os equipamentos necessários, o programa também garante remuneração às comunidades indígenas, estimulando a conservação das unidades de preservação ambiental que frequentemente coincidem com terras indígenas.

Cristiano Kiririndju, coordenador de Políticas para os Povos Indígenas, destacou: “A CPPI tem se empenhado em apoiar as causas indígenas, valorizando o conhecimento tradicional e incentivando a participação dessas comunidades na conservação ambiental.”

As câmeras já têm capturado imagens de diversos predadores importantes para o ecossistema local, como jaguatiricas, antas e quatis, além de aves como tangarás e inambus. Essas espécies desempenham papéis cruciais no controle populacional de insetos e na polinização da vegetação nativa, evidenciando a interconexão entre os seres vivos na região.

Kiririndju ressaltou que o monitoramento não só favorece a proteção ambiental como também fomenta o eco e etnoturismo na aldeia. Ele afirmou: “Com essa tecnologia, os indígenas estão mais capacitados para combater crimes ambientais e preservar seu território. Além disso, o apoio da CPPI tem incentivado visitas de escolas e universidades, promovendo um intercâmbio cultural enriquecedor entre as comunidades locais e o público externo.”

Ademais, o turismo sustentável resultante dessa iniciativa está contribuindo para a criação de um centro cultural na aldeia, que visa destacar tanto as belezas naturais quanto o conhecimento tradicional dos povos indígenas. Isso fortalece a identidade cultural da comunidade e impulsiona o turismo socioambiental.

A Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas (CPPI) foi criada pela Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) através do Decreto nº 67.859/2023. A CPPI foi estabelecida com o propósito de tratar questões específicas relacionadas aos povos indígenas, tendo realizado diagnósticos em 27 terras indígenas até agora e implementado políticas públicas voltadas para a promoção dos direitos dessas comunidades.

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  • Data: 14/02/2025 01:02
  • Alterado:14/02/2025 13:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência SP











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