Feirão do Imposto conscientiza população sobre a alta carga tributária
No sábado, dia 21 de agosto, o NJE – Núcleo de Jovens Empreendedores do CIESP SBC realizou o Feirão do Imposto na Praça da Igreja Matriz, em São Bernardo do Campo
- Data: 23/09/2013 16:09
- Alterado: 23/09/2013 16:09
- Autor: Redação
- Fonte: MP & Rossi
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O objetivo do evento era conscientizar a população a respeito do valor pago de impostos em cima de cada produto consumido.
Grande parte das pessoas se espantou ao olhar os produtos expostos em uma estante, com o valor dos tributos. O supervisor de produção, Maurício Rodrigues, afirmou: “Eu tinha consciência que pagávamos imposto, mas não sabia que era tanto. Quatro meses do nosso salário vai para o imposto. O povo precisa ir às ruas novamente.”
Outra que não sabia que a taxa de impostos era tão alta foi a dona de casa Zilma Alves: “Eu não sabia que a gente pagava tanto imposto. Nosso dinheiro fica todo no supermercado. Precisamos mudar. Eu gostaria muito que a cidade de São Bernardo do Campo tivesse, por exemplo, o restaurante a 1 real como existe em Diadema e Santo André.”
Já o gerente comercial Nelson Taro afirmou que o Brasil deveria mudar de nome para “Ingana”: “Sou descontente e revoltado com a quantidade de impostos que pagamos. Nosso país deveria se chamar “ingana”. Cobram impostos como se estivéssemos na Inglaterra, mas a prestação de serviços na saúde, educação, saneamento básico, transporte público é como se vivêssemos em Gana, na África.”, desabafou.
Hitoshi Hyodo, diretor titular do CIESP SBC, acredita que hora de cobrar que a quantidade paga de impostos retorne para a população: “O imposto vai e não volta. Esse valor cobrado deveria retornar em serviços como saúde, educação, transporte… “
Mauro Miaguti, vice-diretor do CIESP SBC e vereador pela cidade é da mesma opinião: “Esse movimento serve para conscientizar a população sobre a alta carga tributária que pagamos todos os dias ao fazermos um supermercado, abastecermos o carro. Grande parte dos produtos consumidos têm uma alta carga tributária. A população consciente vai cobrar do Poder Público o retorno desse imposto em serviços. O ideal seria que todos tivessem direito a saúde pública e escola pública de qualidade, por exemplo.”
O 2º vice-diretor do CIESP SBC, Cláudio Barberini Júnior, também compareceu ao evento: “Por ser vasta e complexa, a Legislação tributária do Brasil faz com que as empresas tenham um custo extra para atendê-la com funcionários, softwares e serviços especializados, que acabam sendo agregados ao preço dos produtos, agravando ainda mais o aspecto da falta de competitividade da indústria nacional. Além de pesada, a tributação no Brasil é também injusta: ao mirar o consumo, penalizando as faixas de menor renda. No Brasil, a carga tributária é de aproximadamente 35% do PIB, isso significa que os cofres públicos recebem um valor que equivale a mais de um terço do que o país produz. Esses recursos deveriam voltar para a sociedade em forma de serviços públicos. Mas na realidade o que vemos são os cidadãos pagando do bolso por serviços que deveriam ser públicos como educação, saúde e segurança. Ou seja, a renda disponível para consumo é ainda menor do que a carga tributária dá a entender.”