3º Festival Internacional de Teatro para Bebês acontece em São Bernardo
Espetáculos fazem parte da programação de aniversário da cidade e acontecem no Centro Livre de Artes Cênicas, no Baeta Neves
- Data: 05/08/2014 16:08
- Alterado: 05/08/2014 16:08
- Autor: Marco Borba
- Fonte: PMSBC
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O Centro Livre de Artes Cênicas (no Centro Cultural do Bairro Baeta Neves, Praça São José, s/nº) recebe neste mês o 3º Festival Internacional de Teatro para Bebês de São Bernardo do Campo. Os espetáculos – integram a programação de aniversário da cidade -, realizados em parceria com a Secretaria de Cultura do município, visam promover não só a interação entre os pequeninos, mas também dar a eles a oportunidade de se envolverem em espaços, sensações e emoções novas e entenderem, por meio do teatro, outros aspectos do mundo e da vida.
Nas apresentações, segundo Luiz André Cherubini, diretor do Grupo Sobrevento, que desenvolve o projeto juntamente com a Cia. La Casa Incierta (Espanha), os atores ficam sentados quase que o tempo todo ao lado dos bebês no palco para facilitar a interação. “É preciso estar no mesmo nível do olhar deles, para facilitar a proximidade, a intimidade, para que não se dispersem. Afinal, o teatro não é só para ver, o público não é só espectador, ele também interage.”
Para Cherubini, o teatro para bebês difere do tradicional, para adultos, pelo aspecto lúdico. “Para o bebê, esse encontro é algo mágico. Diferentemente do adulto, ele já chega pronto para assistir. O adulto, ao contrário, traz suas preocupações com celular, com outras eventualidades.”
O Teatro para Bebês foi criado França no fim dos anos 1970, por Laurent Dupont, da Cia. ACTA, que também estará presente no festival com um dos espetáculos. No Brasil, o projeto é desenvolvido há nove anos. Em São Bernardo, os espetáculos produzidos pelo Sobrevento, companhia especializada em teatro de bonecos e de animação, já são apresentados em creches municipais e conveniadas.
Nos dias das apresentações, o espaço será adaptado para receber pais e filhos e contará com assentos especiais para bebês, trocador, assentos sanitários infantis nos banheiros e brinquedoteca, além de estacionamento para carrinhos de bebês.
Além da Sobrevento, da Cia. La Casa Incierta e da francesa ACTA, o grupo Celeiro das Antas, de Brasília, está na programação. Os espetáculos são gratuitos e duram de 30 a 45 minutos. São 40 vagas para bebês e 40 lugares para acompanhantes. Recomendação: de seis meses a 3 anos. É preciso fazer reserva antecipada pelo telefone 4125-0582. Veja detalhes na nossa Agenda de Eventos.
PUPILA D’ÁGUA
Um texto narrativo que conta a história de uma menina solitária, que vive em um universo seco, angustiada por não poder expressar suas emoções. Então, busca um caminho que a leve ao exterior de seus próprios limites. Esgotada pelo cansaço e pelo sono, coça seus pequenos olhos cheios de areia, chega ao pé de uma árvore seca, uma árvore com uma folha verde e, durante seu sonho, uma estrela fugaz cai do céu. Amanhece e a estrela se transforma em uma gota de orvalho que cai sobre a face da menina. Crendo que as gotas eram suas próprias lágrimas, uma forte emoção a faz chorar. Chora tanto que suas lágrimas se evaporam com o calor, formando as nuvens e das nuvens vem a chuva, e chove, e chove… Com a La Casa Incierta (Espanha). Dias 8, às 19h, e 10, às 11h.
O ARQUIPÉLAGO
Um homem vestido de branco entra em cena carregando um saco. Ele se instala e constrói a sua ilha, com um pano branco que estende no chão. O pano contém tambores redondos. Uma carícia, uma voz envolvente e os tambores que podem ser friccionados, afagados, tocados ou batidos. Uma barca o leva, embalado pelos sons que emanam dos tambores de diferentes tamanhos. Balançar, empurrar, fazer voltar ou empilhar. Cada movimento é a história de uma descoberta, o eco de uma emoção. Com a Cia. ACTA (França). Dias 16 e 17, às 11h e 14h.
MEU JARDIM
Entediado em meio a um deserto, um viajante decide criar um jardim. Mas como fazê-lo? A partir do texto da autora belga de origem iraniana Mandana Sadat, o Grupo Sobrevento compõe um espetáculo que fala de esperança, de sonho, do desejo e da possibilidade de transformar o mundo em uma paisagem que poderia ser o Irã ou mesmo o Brasil. A montagem utiliza elementos visuais e sonoros próprios da cultura brasileira, que a aproximam da cultura iraniana e que, curiosamente, parecerão familiares a cidadãos de todo o mundo. Dias 23 e 24, às 11h e 14h.
PANAPANÃ
O espetáculo narra experiências da personagem Zambelê, que desperta ao observar o ambiente que o cerca e cria a própria lógica ao interagir com seu mundo. Ao deparar com uma borboleta e persegui-la, descobre as consequências de suas ações, seus medos e tristezas. A peça é resultado do projeto de pesquisa com o título “A arte do não alcançar”, contemplado com o Prêmio de teatro Myriam Muniz. Com o grupo Celeiro das Antas (Brasilia). Dias 30, às 11h, e 31, às 11h e 14h.