Comer em restaurante está mais barato do que em casa, aponta estudo
Empresários vêm segurando custos para manter as portas abertas, segundo o Sehal
- Data: 09/05/2024 16:05
- Alterado: 09/05/2024 16:05
- Autor: Redação
- Fonte: Sehal
Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil
Comer em restaurantes está mais barato para os consumidores do que fazer as refeições em casa. Para não perder a clientela e manter os clientes, os estabelecimentos do setor têm segurado os preços e absorvido perdas. Isso é o que aponta recente estudo da Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo), que tem Beto Moreira como vice-presidente, além de presidente do Sehal, único representante do setor de gastronomia e hotelaria no ABC.
Segundo o Núcleo de Pesquisa da Fhoresp, os estabelecimentos arcam com 14,4% dos custos para manter preços, o que faz a alimentação fora do lar pesar menos no bolso do consumidor.
O recente levantamento indica que a inflação acumulada no segmento Alimentação Fora do Lar ficou em 24,7%. Já para quem opta por se alimentar em casa, o percentual alcançou 39,1%.
O cenário também reflete a situação do setor na Região, segundo o diretor financeiro do Sehal, Cesar Ricardo dos Santos Ferreira, dono do Restaurante Canoa Quebrada, em Ribeirão Pires.
“Depois da pandemia, o empresário que conseguiu ficar de portas abertas adotou, como prática habitual, a diminuição de custos, negociação com fornecedores e redução da folha de pagamento. Isso teve que ser feito para se manter no mercado. O que vem nos ajudando, no entanto, é que o faturamento vem subindo porque aumentou o movimento do fluxo de pessoas, mas como a nossa margem de lucro está mais reduzida, o nível de crescimento ainda não alcançou níveis desejáveis”, explicou
O presidente do Sehal, Beto Moreira, reforça que esse quadro ocorre pós-pandemia. “Os empresários foram obrigados a segurar os repasses em função da crise sanitária. Isso vem demonstrando o claro esforço do setor para absorver aumento nos custos dos alimentos, sem contar os que tiveram que recorrer a financiamentos para se manter no mercado. E apesar de ter passado todo esse tempo, muitos ainda estão endividados”, concluiu.