Especialista alerta e orienta sobre as dores que causam afastamento do trabalho
O afastamento do trabalho, quando associado a dor, deve ser avaliado e acompanhado por profissionais de saúde qualificados
- Data: 19/07/2023 15:07
- Alterado: 01/09/2023 16:09
- Autor: Redação
- Fonte: Clínica Tidor
Dr. Augusto Barsella
Crédito:Divulgação
O aumento de dores incapacitantes, que podem causar o afastamento do trabalho, tem sido uma preocupação crescente que vem se agravando nos últimos anos, visto que os casos aumentaram com a popularização do home office.
O alerta é do Dr. Augusto Barsella, médico anestesiologista, especialista em dor e Diretor da Clínica Tidor, de São Bernardo do Campo. “Percebemos que muitos pacientes que começaram a nos procurar na clínica são submetidos a longas jornadas de trabalho, sofrendo com desconfortos e dores agravadas por fatores como a ergonomia inadequada, especialmente os que começaram a trabalhar dentro de casa, durante e após a pandemia da Covid-19”, destaca.
Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo – incluindo tendinites e dores musculares em diversas regiões – são as que se apresentam como principais causas para que as pessoas tenham que tirar licenças do trabalho para se recuperarem. Com a transição para o home office, uma nova série de desafios relacionados à saúde física veio à tona. De acordo com o especialista, há algumas dores mais sentidas pelo excesso de trabalho e inadequação do ambiente laboral, entre elas:
Lombalgia – é uma das campeãs do afastamento do trabalho. Segundo dados do INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social), 100 mil profissionais deixam de ir ao trabalho, anualmente, a maioria por conta deste distúrbio. Um dos sintomas é a sensação de dormência e se a dor não for tratada, aumenta e pode se tornar crônica, trazendo outros problemas.
Dores no pescoço e nos ombros – A má postura, especialmente ao utilizar computadores e smartphones, pode causar essas dores, conhecidas como cervicalgia. Essa posição inadequada, por longos períodos, pode resultar em tensões musculares e desconforto.
Lesões musculoesqueléticas – Atingem músculos, articulações, tendões e ligamentos, como distensões, entorses, tendinites e hérnias de disco e podem ocasionar dores intensas que limitam a capacidade de trabalho.
Doenças crônicas – Algumas como artrite, fibromialgia, enxaqueca e síndrome do túnel do carpo, podem causar dores persistentes e debilitantes, afetando a produtividade e o desempenho profissional.
Problemas na coluna vertebral – Dores nas costas e pescoço, muitas vezes devido a hérnias de disco, espondilite anquilosante ou osteoporose, podem se tornar incapacitantes e exigir uma parada obrigatória para tratamento e recuperação adequados.
O afastamento do trabalho, quando associado a dor, deve ser avaliado e acompanhado por profissionais de saúde qualificados, com uma equipe multidisciplinar que envolve médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e até mesmo psiquiatras. “A dor pode ser um sintoma de um problema subjacente e o diagnóstico e tratamento adequados são fundamentais para melhorar a qualidade de vida do paciente e promover a sua reintegração ao trabalho”, conclui Dr. Barsella.
Vale destacar que a prevenção é essencial, com a adoção de práticas ergonômicas e medidas de segurança no local de trabalho, seja na empresa, ou em home office, para minimizar o risco de lesões e dores. Por isso, atenção à postura e ao uso excessivo de equipamentos eletrônicos. Fazer pausas regulares, alongamentos, meditação e exercícios físicos, como pequenas caminhadas, são dicas importantes.