Em reunião, Metalúrgicos do ABC reforçam importância de manter empregos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, foi recebido pelo prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, para discutir a situação da Ford
- Data: 28/02/2019 10:02
- Alterado: 28/02/2019 10:02
- Autor: Redação
- Fonte: SMABC
Crédito:Piti
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, foi recebido na manhã de ontem (quarta, 27) pelo prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, para discutir a situação da Ford, que anunciou o fechamento de sua unidade no município. Ele estava acompanhado de Alexandre Colombo, diretor executivo do Sindicato, José Quixabeira de Anchieta, o Paraíba, coordenador CSE na Ford, Adalto de Oliveira, membro do CSE, além do deputado estadual Teonílio Barba e do ex-presidente do Sindicato e presidente do Instituto TID Brasil, Rafael Marques.
De acordo com Wagnão, o prefeito garantiu que é de interesse do município encontrar soluções. “Além dos mais de quatro mil empregos que estão dentro da unidade, que é a nossa prioridade como Sindicato, a saída de uma empresa desse porte traz muitas consequências negativas para a cidade e região. Ele se comprometeu a intermediar nosso pedido de audiência com o Governo do Estado, que precisaria acontecer antes do dia 5 de março, quando viajamos para Detroit para nossa conversa com a direção mundial da Ford, e também defendeu que qualquer solução tem de garantir os empregos”, comentou.
O presidente do Sindicato ressaltou que quer discutir com o Governo do Estado a importância de que qualquer solução deve garantir os empregos que estão dentro da fábrica, nas condições que ali estão. “São empregos que só podem ser viabilizados por meio da produção de veículos, seja caminhões ou automóveis. Não temos problemas com qualquer parceria que permita à Ford continuar produzindo. Mas que se garanta o emprego dos trabalhadores naquelas condições. A vocação da nossa região é produzir veículos”.
Wagnão reforçou que será preciso intensificar as conversas com as diversas esferas: “Só teremos êxito se unirmos os diversos atores sociais e políticos nessa discussão. É necessário envolver a sociedade, como fizemos ontem com nossa manifestação pelas ruas da cidade, o Sindicato, o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa, a Câmara Municipal e a Prefeitura”, defendeu.
Ele ressaltou que, nessa busca de solução, no entanto, o Sindicato não vai admitir qualquer possibilidade que envolva desemprego de alguém: “Não adianta vir outra empresa que demita os trabalhadores que aqui estão e depois contrate outros em outras condições. Essa possibilidade para nós não existe. Aquele que se interessar pela parceria tem que saber que tem há um patrimônio maior, que são os trabalhadores. Isso tem que estar garantido e vamos deixar isso claro na conversa com o Governo do Estado. ”
Depois da conversa com o prefeito, o presidente do Sindicato esteve na Câmara Municipal, onde fez um pronunciamento na tribuna sobre a decisão da Ford e os impactos para a cidade e a região.
Nesta quarta, os trabalhadores fizeram uma passeata interna pela montadora, indo até prédio 1, onde fica o setor administrativo e a direção. A fábrica continua parada. Amanhã (quinta-feira, 28) será realiza uma plenária no Sindicato com os trabalhadores, às 9h, no auditório, para informes, avaliação e encaminhamentos do movimento.