Para se manter à frente – Mercedes-Benz investe em tecnologia em 65 anos no Brasil
Às vésperas de completar seus sessenta e cinco anos de Brasil, a Mercedes-Benz lidera os segmentos de caminhões e ônibus e investe na evolução tecnológica
- Data: 04/05/2021 19:05
- Alterado: 04/05/2021 19:05
- Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
- Fonte: AutoMotrix
Imagens antigas da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo
Crédito:Divulgação
Foram mais de 1,84 milhão de veículos comerciais, sendo 1,34 milhão de caminhões e 503 mil ônibus. Todos esses veículos saíram das linhas de montagem brasileiras da Mercedes-Benz ao longo dos últimos sessenta e cinco anos. A inauguração oficial da primeira fábrica da marca alemã no Brasil ocorreu em 28 de setembro de 1956, com a presença de muitos convidados e autoridades, entre elas, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek. Na sequência, o primeiro caminhão (L 312, o “torpedo”) e o primeiro ônibus (chassi LP 312) produzidos pela Mercedes-Benz no Brasil saíram da linha de montagem da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, dando impulso ao desenvolvimento e à história da indústria automotiva nacional. Próxima dos sessenta e cinco anos de atividades no país, a Mercedes-Benz é hoje a maior fabricante e exportadora de caminhões e ônibus da América Latina. Dessa mesma fábrica, sai atualmente o novo Actros, o caminhão mais tecnológico e conectado produzido pela marca. “Nesses sessenta e cinco anos, nos dedicamos a atender às necessidades do transporte do país e dos nossos clientes, contribuindo também para o desenvolvimento da indústria e da economia nacionais. Atualmente, quatro em cada dez caminhões em circulação no Brasil e seis em cada dez ônibus rodando pelas cidades são Mercedes-Benz. E isso nos motiva a fazermos sempre o melhor pelos nossos clientes e pela sociedade”, comemora Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina.
A fábrica de São Bernardo do Campo é a única do Grupo Daimler a reunir em um só local a produção de caminhões, chassis de ônibus e agregados (câmbios, motores e eixos). Além disso, abriga o Centro Regional Daimler América Latina, que representa as marcas da Daimler Truck & Buses na região, e o CDT (Centro de Desenvolvimento Tecnológico), o maior da Daimler fora da Alemanha para caminhões e chassis de ônibus e o maior do segmento no Brasil. A unidade do ABC é o Centro Mundial de Competência da Daimler para desenvolvimento de chassis de ônibus e um player global do desenvolvimento de caminhões. Recentemente, por exemplo, a cabine do novo Actros, criada pela equipe brasileira, passou a ser referência para produção pela Mercedes-Benz Trucks na Alemanha e comercializada em mais de vinte países europeus e em outros continentes.
Inaugurada em 1979 para a produção de ônibus, processo transferido depois para São Bernardo do Campo, a unidade de Campinas reúne todas as atividades de Peças e Serviços ao Cliente, Central de Logística de Peças, Global Training e Central de Relacionamento com o Cliente. A fábrica abriga ainda a linha de produção de peças e componentes remanufaturados da família Renov. Em 1999, a Mercedes-Benz do Brasil inaugurou a fábrica de Juiz de Fora, onde inicialmente produziu o Classe A e depois, a Classe C. Em 2012, a unidade foi transformada para a produção de caminhões, com as famílias Actros e Accelo. Atualmente, produz as cabines de todas as linhas de caminhões da fabricante. Em 2016, a marca inaugurou uma nova fábrica de automóveis na cidade de Iracemápolis, onde produziu os modelos Classe C e GLA até 2020, quando adotou a estratégia de manter sua presença no mercado nacional apenas com modelos premium importados. Atualmente, Iracemápolis é a sede do maior Campo de Provas do Hemisfério Sul, inaugurado em 2018, com dezesseis pistas para vários tipos de testes e 12 quilômetros de extensão. Junto ao Campo de Provas de Iracemápolis, a Mercedes-Benz e a Bosch, em consórcio, estão construindo um Centro de Testes Veiculares para caminhões, ônibus, automóveis, comerciais leves, motos e máquinas agrícolas. O centro terá pistas para desenvolvimento de segurança veicular, eficiência energética e novas tecnologias de assistência ao condutor.
“Indústria 4.0” é uma expressão usada para definir as modernas tecnologias para automação e troca de dados que utilizam conceitos de sistemas ciber-físicos (comunicação por meio de redes e processos físicos), internet das coisas (interconexão digital de objetos com a rede de computadores) e computação em nuvem (acesso remoto de softwares, armazenamento de arquivos e processamento de dados pela internet), com foco na melhoria da eficiência e produtividade dos processos. E a Mercedes-Benz do Brasil tornou-se a primeira Indústria 4.0 do setor de veículos comerciais no país, em 2018, quando inaugurou a Linha de Caminhões 4.0 na planta de São Bernardo do Campo. Em seguida, em 2019, veio a Linha de Cabinas e, em 2020, a Linha de Chassis de Ônibus. Em 2021, será a vez da Linha de Agregados 4.0 (motores, câmbios e eixos). A fábrica da Mercedes-Benz se destaca também pelo uso de novas soluções tecnológicas, como óculos de realidade aumentada, robô colaborativo e exoesqueleto. Essas tecnologias trazem ganhos de ergonomia, qualidade de vida e segurança no ambiente de trabalho. Os avanços da Indústria 4.0 abrangem outras áreas como o CDT (Centro de Desenvolvimento Tecnológico), em São Bernardo do Campo.
A aplicação de tecnologias da Indústria 4.0 nas linhas de montagem de caminhões, cabines e chassis de ônibus amplificaram resultados das políticas de sustentabilidade. Como, por exemplo, a busca pela fábrica sem papel por meio de informações compartilhadas em telas e dispositivos portáteis e uso de Apps. Constantemente, a empresa desenvolve novas ações em suas fábricas que contribuem para sustentabilidade ambiental, tais como ações de redução do consumo de água, de energia elétrica e de gás nos processos produtivos e nos escritórios. Um exemplo é a ampliação do uso de telhas translúcidas, melhorando a iluminação natural e deixando de usar a artificial.