OMA Galeria abre exposição “Suave coisa nenhuma”
Com curadoria de Thierry Freitas, mostra revela um poética autobiográfica
- Data: 12/02/2020 13:02
- Alterado: 12/02/2020 13:02
- Autor: Redação
- Fonte: OMA Galeria
OMA Galeria abre exposição "Suave coisa nenhuma"
Crédito:Divulgação/Perazzolo
No dia 14 de fevereiro na OMA Galeria abre a primeira exposição do ano de 2020, intitulada “Suave coisa nenhuma” a mostra tem curadoria de Thierry Freitas que atualmente atua como curador assistente da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Ao receber o convite Thierry propôs unir artistas cuja as poéticas se confundem com suas próprias vidas. “Essa exposição é uma experimentação de como juntar artistas tão diversos, que se unem pelo afeto e pela ausência de vergonha de fazer arte, que nos dias de hoje é um ato de resistência” menciona o jovem curador.
Na presente mostra quatro artistas ocupam o espaço expositivo da galeria, com obras em diversas modalidades, tais como cerâmica, luminoso, pintura, intervenção e desenho. Ambos artistas pesquisam questões pertencentes as suas histórias, percorrendo do intimo ao ficcional.
Artista Micaela Cyrino em sua obra aborda questões relacionadas a vida de corpos dissidentes em uma sociedade machista e intolerante, dessa forma expondo suas experiências quanto mulher negra soro positivo. Nascida portadora de HIV, Micaela evidência em seu trabalho fortes críticas a todo um sistema capitalista e doentio da indústria farmacêutica, que monopoliza os corpos como experimentos e objetos para obtenção monetária.
Enquanto Matheus Chiaratti pinta cenas de histórias clássicas em recipientes de cerâmica, tais personagens e contos são recriados dentro de um contexto atual, transportando o observador para o seu universo auto ficcional. A junção dos recipientes de diversos tamanhos e formas, com cores vibrantes, faz alusão a uma forma ritualística que o artista organiza seu pensamento poético.
Na obra de Ana Julia Vilela, cerca de dez peças são locadas na extensão de uma grande pintura realizada sobre as paredes, uma espécie de “obra total” como menciona Freitas. Vilela fala muito de si, seu trabalho é uma grande experimentação, um diário sobre o fazer artístico, sobre ser mulher, o verbal está constantemente presente, os textos manifestam um componente de humor em sua poética. Sua imponente intervenção é uma narrativa não linear a cerca das vontades e desejos da artista.
A artista carioca Agrippina Manhattan aborda as angústias, medos e lutas de um mulher transexual que vive as intempéries do dia a dia no pais que mais se mata transexuais no mundo, em seu trabalho cujo o luminoso percorre a frase “Só o desejo não basta” revela a urgência de se discutir e compreender a dissidência no mundo.
A exposição aparenta ser um grande livro a ser foleado, durante o processo de pensamento da exposição Thierry deixou claro seu desejo de soar uma voz predominantemente feminina, portanto o curador convidou a autora e pesquisadora Mariana Cobuci para realizar pequenas inserções textuais pelas paredes, dessa forma evocando uma voz singular que discorre sobre a experiência estética das obras reunidas.
A mostra “Suave coisa nenhuma” terá sua vernisagem no dia 14 de fevereiro as 19 horas com entrada gratuita e ficará aberta ao público até o dia 20 de março.
Serviço:
Suave coisa nenhuma
Local: OMA Galeria
Inscrições: 14/02/2020 a 20/003/2020
Horário de Funcionamento: Ter. á Sex. 13h ás 19h / Sáb. 10h ás 15h.
Endereço: Rua Carlos Gomes, 69. Centro. SBC. SP. CEP 09715-130
Valor: gratuito