Trabalhadores na Toyota aprovam reajuste de 10,42% e renovação das cláusulas sociais

Negociação com o Sindicato garantiu ainda um vale alimentação e retorno da política de progressão salarial

  • Data: 30/09/2021 16:09
  • Alterado: 30/09/2021 16:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: SMABC
Trabalhadores na Toyota aprovam reajuste de 10,42% e renovação das cláusulas sociais

Trabalhadores na Toyota aprovam reajuste de 10

Crédito:Adonis Guerra/SMABC

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Em duas assembleias realizada na manhã e na tarde de ontem (quarta, 29), os trabalhadores na Toyota, em São Bernardo, aprovaram o acordo negociado entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a direção da fábrica, que garantiu reajuste pela inflação integral, de 10,42%, inclusão de um vale alimentação, além da renovação de todas as cláusulas sociais vigentes. Também foi incluída no Acordo Coletivo de Trabalho a cláusula de preferência para contratação de trabalhadores vacinados, a partir de janeiro de 2022.

O INPC de 10,42% será aplicado aos salários de forma retroativa, a partir de 1º de setembro. O vale alimentação será pago a partir de novembro. “A conquista do vale alimentação é muito significativa, pois se trata de um ganho real. Diante do aumento do custo de vida, da alta nos alimentos, essa quantia vai aliviar um pouco o orçamento”, destacou o diretor administrativo dos Metalúrgicos do ABC, Wellington Messias Damasceno.

O dirigente lembrou que, durante a negociação, a empresa apresentou um reajuste menor, mas se reposicionou e, com a mobilização dos metalúrgicos, foi possível chegar a um acordo melhor. “A Toyota teve coerência, fez revisão dos números a partir do seu planejamento de produção e venda e valorizou o esforço dos trabalhadores, sobretudo no ano passado e em 2017. Assim, chegamos aos 10,42%”.

Wellington frisou que em todas as discussões realizadas com a direção da fábrica, a pauta tem incluído também as formas de garantir o futuro da empresa em São Bernardo. “Queremos discutir o futuro desta planta, se será uma fábrica de componentes, quais componentes vamos produzir e quais investimentos vamos receber. Também queremos debater o que pode ser feito para garantir empregos e gerar novos postos de trabalho. As conversas são feitas sempre tendo em mente que uma grande empresa aqui fortalece e estimula outras a estarem ou virem para a nossa região”.

Montadoras – Com a aprovação do acordo na Toyota, os Metalúrgicos do ABC finalizam as negociações de campanha salarial com as montadoras neste ano. Há cerca de 20 dias os trabalhadores aprovaram o acordo na Scania. Já na Volks e Mercedes-Benz não houve negociações de campanha salarial este ano, pois em ambas ainda estão em vigência os acordos de longa duração aprovados no ano passado.  

Demais empresas – A campanha salarial nas demais empresas da base segue conduzida pela FEM/CUT (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos do Estado de SP). Na segunda, a Federação protocolou o aviso de greve para os grupos G10 (Fiesp e outros) e o G10 Aeroespacial, que há cinco anos não fecham a Convenção Coletiva de Trabalho com a FEM. O setor aeroespacial aceita o reajuste pelo INPC de 10,42%, mas a proposta foi rejeitada porque não houve acordo com relação às cláusulas sociais. Já o G10 tradicional não apresentou proposta. 

Os demais grupos que ainda não fecharam acordo este ano – G2 (máquinas, aparelhos elétricos, eletrônicos), Siniem (estamparia) e Siamfesp (artefatos de metais não ferrosos) – continuam em negociação com a FEM. 

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