O universo arquitetônico de David Magila na exposição Meio-Fio
Com 11 obras - entre pinturas, gravuras e desenhos -, artista destaca lugares comuns e inóspitos
- Data: 09/09/2016 11:09
- Alterado: 09/09/2016 11:09
- Autor: Redação
- Fonte: Trivia comunicação
Crédito:Divulgação
“Frequentes Conclusões Falsas” é nome de seis das 11 obras (telas, gravuras e desenhos) que David Magila apresenta na exposição Meio-Fio, na OMA Galeria. Peças que integram uma série com mais quadros e questionam as interpretações que damos às cenas cotidianas.
Com traços bidimensionais e uma paleta de cores opacas que saltam aos olhos, o artista não utiliza de muitos truques para instigar o público a reconhecer lugares que mostram-se comuns e, ao mesmo tempo, apenas guardados na memória, em que não se sabe ao certo o quanto ainda há de movimentação e intervenção humana, mas em suas telas é possível sentir que naqueles traços há uma história presente no local retratado.
Segundo o galerista do espaço, Thomaz Pacheco, que conheceu a arte de Magila há mais de um ano – desde então foi iniciado um diálogo para a realização de ações na galeria –, as nomenclaturas escolhidas por ele dizem um tanto sobre o que o espectador vai encontrar. “Meio-fio (que denomina a exposição) é um lugar define limites. Muito se passa nessa linha de concreto denominada Meio-fio, e talvez essa seja uma pista, um convite para adentrar em sua poesia. Afinal, qual limite é esse que o David quer mostrar? Há um sarcasmo nas construções retratadas, e a meu ver, essa brincadeira de sobrepor as partes que compõem a imagem, criando formatos únicos e ao mesmo tempo reconhecíveis, acaba por aproximar o espectador”, comenta.
Com 37 anos, nascido no ABC Paulista – em São Caetano do Sul –, porém morador da capital paulista desde a infância, David Magila retorna à região com um currículo de peso. Ele já recebeu alguns prêmios importantes, como no 40º Salão de Arte de Ribeirão Preto – SP e o 3º Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea – Palácio do Itamaraty – Brasília-DF, possui obras nas coleções públicas do Museu de Arte de Ribeirão Preto, no Ministério das Relações Exteriores, Casa do Olhar (em Santo André-SP) e no Centro Cultural Brasil Estados Unidos (em Santos – SP) e vê essa oportunidade de apresentar sua arte aos moradores da região com bons olhos. “Venham todos”, convida de jeito espontâneo e complementa. “Estas obras falam das coisas que passam. Chamo atenção para cenas corriqueiras, que representam um vazio comum e que a primeira vista não têm um foco de atenção expressivo. É um jeito de dar valor para estes momentos que passam desapercebidos”, finaliza.
O texto curatorial é assinado por Sarah Rogieri, a classificação é livre e a visitação gratuita.
Serviço:
Meio-Fio, com obras de David Magila, na OMA | Galeria
Encerramento: 22 de outubro
Endereço: Rua Carlos Gomes, 69, Centro – SBC
Horário: Visitação de terça a sexta, das 11h às 19h; aos sábados, das 10h às 14h
Classificação livre
Gratuito