Sistema virtual ajuda Prefeitura de São Bernardo a combater evasão escolar
Programa, ligado à Unicef, agiliza a identificação e resolução de casos de jovens e crianças fora das escolas
- Data: 02/09/2016 13:09
- Alterado: 02/09/2016 13:09
- Autor: Redação
- Fonte: PMSBC
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São Bernardo aderiu ao projeto ‘Criança Fora da Escola Não Pode!’, campanha global do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O município é o primeiro do País a desenvolver a iniciativa, que identifica e combate casos de exclusão social e evasão escolar entre crianças e jovens de 4 e 17 anos.
Com o projeto, a busca ativa por jovens excluídos é realizada com a ajuda de software livre. Por meio desse sistema, agentes comunitários da Prefeitura colhem informações, utilizando smartphones e tablets, que podem ser acessadas rapidamente e são utilizadas para mapear as necessidades sociais de determinada região.
O projeto piloto foi realizado no Jardim Silvina, onde foram identificados 19 casos de evasão escolar. Desse total, quatro crianças foram matriculadas no Centro de Educação Unificado (CEU) Luíza Maria de Farias. As demais, em função da idade, foram encaminhadas à rede de ensino médio, gerida pelo Governo do Estado.
O projeto é resultado de parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, o Instituto TIM, responsável pelo mapeamento tecnológico, e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A ideia é que o projeto seja levado para outros municípios brasileiros após ser desenvolvido em São Bernardo.
A secretária-adjunta de Educação, Stella Chicchi, explicou que o projeto consistiu, inicialmente, em abordar as famílias e formar os agentes comunitários. No Jardim Silvina foram coletadas informações sobre as crianças por meio do sistema virtual. “O que queremos é ter todas as crianças na escola. A ferramenta nos ajuda a tornar isso realidade”, disse.
Stella acrescentou que, em geral, casos de crianças em situação de evasão escolar e suas famílias necessitam de acompanhamento constante e diversas modalidades de atendimento, como nas áreas social e de saúde. “As famílias também são vítimas da exclusão e não podem ser vistas como culpadas, ao contrário, precisam de apoio.”
Esse atendimento multiprofissional é feito graças às diversas secretarias que participam da iniciativa: além da de Educação, de Saúde, Desenvolvimento Social e Cidadania, Orçamento e Planejamento Participativo, Segurança Urbana e Administração e Modernização Administrativa.
A meta é que, com o tempo, o sistema virtual se torne autogerido, ou seja, abastecido e desenvolvido pelos próprios usuários do aplicativo. “A ferramenta dinamiza o trabalho social, desburocratiza e faz com que a informação chegue mais rápido. Com isso o atendimento dos jovens é mais ágil e efetivo”, afirma Stella.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que há 3,8 milhões de crianças e adolescentes entre 4 a 17 anos fora da escola, e que, portanto, privados de um direito garantido pela Constituição.