Desvalorização imobiliária provoca corrida pela desistência do imóvel

Das 1.406 queixas recebidas pela Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências durante o ano de 2015, na região do ABC, 50% delas são referentes a rescisões dos contratos de imóveis.

  • Data: 25/02/2016 14:02
  • Alterado: 16/08/2023 20:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: AMSPA
Desvalorização imobiliária provoca corrida pela desistência do imóvel

O grande vilão dos distratos no período está sendo a desvalorização do imóvel.

Crédito:

Você está em:

Com medo da crise recessiva que assola o País, praticamente metade dos mutuários brasileiros estão desistindo do sonho da casa própria. Além do desemprego e da perda de renda para arcar com os financiamentos, o principal motivo apontado pelos desistentes este ano está sendo a desvalorização dos imóveis. “Das 1.406 queixas recebidas no ABC, 80% delas foram contra as construtoras e 20% relativas aos financiamentos bancários. Mas o grande vilão do período está sendo a desvalorização do imóvel. Com o montante de devoluções e as quedas nas vendas de imóveis na planta, as construtoras foram obrigadas a conceder enormes descontos para a compra de um imóvel novo, em consequência, quem tinha comprado por um valor maior está devolvendo o imóvel para poder comprar outro com preço mais baixo. É um círculo vicioso”, avalia Marco Aurélio Luz, presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo e Adjacências (AMSPA).

RECLAMAÇÕES NO ABC PAULISTA
Segundo dados da AMSPA, de janeiro a dezembro de 2015, na região do ABC Paulista, houve 1.406 reclamações de mutuários, contra construtoras e instituições financeiras de imóveis residenciais. Dessas, 607 dos reclamantes deram entrada na Justiça. O balanço representa um aumento de 48% nas queixas e um crescimento de 30% nas ações impetradas junto ao Poder Judiciário. Os dados são comparativos ao mesmo período de 2014, quando houve respectivamente 950 descontentes e 467 ações judiciais.

Das 1.406 queixas no ano de 2015, 50% delas estão em São Bernardo, 30% em São Caetano, 10% em Santo André e 10% em Diadema.

O balanço mostra que, entre os campeões no ranking dos aborrecimentos estão: dificuldade no distrato da compra da casa própria (50%), atraso na obra (15%), cobrança de juros sobre juros (10%), taxas SATI e Corretagem (10%), leilões de imóveis (5%), problemas no imóvel, ou seja, vícios ou defeitos na obra (5%), saldo devedor que não diminui (2%), pagamento do condomínio antes das chaves (2%) e taxa de evolução de obra (1%).

SERVIÇO
Os mutuários nessa situação que querem mais esclarecimentos podem recorrer à AMSPA. Os interessados podem entrar em contato pelos telefones 0800 77 79 230 (para mutuários fora de São Paulo), (11) 3292-9230 / 3242-4334 (sede Sé), (11) 2095-9090 (Tatuapé), (11) 3019-1899 (Faria Lima), (19) 3236-0566 (Campinas), (12) 3019-3521 (S. J. Campos) e (13) 3252-1665 (Santos).

Compartilhar:

  • Data: 25/02/2016 02:02
  • Alterado:16/08/2023 20:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: AMSPA











Copyright © 2025 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados