Surtos de dengue e febre amarela preocupam o país
Médico infectologista e professor do Estratégia MED explica como a população pode evitar o contágio e identificar sintomas das doenças
- Data: 13/03/2025 13:03
- Alterado: 13/03/2025 13:03
- Autor: Redação
- Fonte: Estratégia
Com 124 mil casos confirmados neste ano, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo decretou emergência em saúde pública diante da piora da epidemia de dengue. Esse crescimento, ao lado do surto de febre amarela, tem gerado preocupação não só no estado paulista, mas em todo o país.
“A dengue se dissemina com facilidade em ambientes urbanos, onde o Aedes aegypti encontra condições ideais para sua reprodução. Já a febre amarela permanece no ciclo silvestre, sendo transmitida por mosquitos como Haemagogus e Sabethes, que se proliferam em áreas florestais”, explica o Dr. Sérgio Beduschi Filho, médico infectologista e professor do Estratégia MED, vertente de medicina do grupo especialista em provas complexas no Brasil.
A dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, causa febre alta, dores musculares e cefaleia, podendo evoluir para quadros graves com hemorragias e choque. A febre amarela, por sua vez, tem como sintomas iniciais febre e calafrios, o que pode levar a complicações como icterícia, hemorragias e falência de órgãos.
“O clima mais quente e as chuvas irregulares aceleram o ciclo do Aedes aegypti, aumentando a proliferação dos mosquitos em água parada. No caso da febre amarela, fatores como o desmatamento e a ocupação de áreas silvestres ampliam o contato humano com os mosquitos vetores, favorecendo novas infecções”, destaca Beduschi.
Cuidados necessários
A imunização contra a febre amarela é recomendada a partir dos nove meses e tem eficácia superior a 95%. Já para a dengue, há duas vacinas disponíveis: a Dengvaxia®, indicada apenas para quem já teve contato prévio com o vírus, e a QDenga®, oferecida pelo SUS para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e disponível na rede privada para pessoas de 4 a 60 anos. Ambas são contraindicadas para gestantes, lactantes e imunossuprimidos.
O infectologista orienta que, além da vacinação, medidas complementares são essenciais para reduzir os riscos de contrair ambas as doenças:
- Eliminar focos de água parada: vasos, pneus, latas e garrafas vazias podem ser favoráveis à proliferação do mosquito e devem receber atenção diária;
- Utilizar repelentes: aplicar periodicamente produtos específicos para afastar mosquitos é fundamental para reduzir o risco de picadas;
- Usar roupas protetoras: dar preferência a peças de manga longa e calças para minimizar a exposição da pele é um cuidado complementar ao uso do repelente;
- Atenção à vacinação: pessoas que ainda não estão vacinadas contra a febre amarela devem evitar áreas de mata silvestre.
“As medidas preventivas são tão importantes quanto a vacinação para reduzir os riscos de transmissão. Pequenas atitudes no dia a dia podem fazer a diferença na proteção contra essas doenças”, conclui Beduschi.

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