Síndrome de Down: celebrando a diversidade e defendendo a inclusão
Reflexão sobre inclusão e respeito no Dia Internacional da Síndrome de Down, destacando desafios, avanços e a importância do suporte familiar e social
- Data: 19/03/2025 18:03
- Alterado: 19/03/2025 18:03
- Autor: Thainara Morales Andretta
- Fonte: Assessoria
No Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, somos convidados a refletir sobre inclusão, respeito e oportunidades para todos. Como especialista em Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências, atuo diariamente para garantir que crianças, jovens e adultos com necessidades específicas tenham acesso a um desenvolvimento pleno e digno.
A Síndrome de Down não deve ser vista como uma limitação, mas sim como uma característica que precisa ser compreendida e acolhida. Com estímulos adequados, educação inclusiva e o apoio da sociedade, pessoas com trissomia 21 podem conquistar autonomia, levar uma vida produtiva e contribuir significativamente em diversas áreas.
Infelizmente, ainda enfrentamos barreiras, desde o preconceito até a falta de acessibilidade e suporte adequado. O papel da família, dos educadores e dos profissionais de saúde é essencial para romper esses paradigmas. No meu dia a dia, vejo de perto como o acesso a uma terapia interdisciplinar, a uma inclusão escolar bem estruturada e o respeito às individualidades fazem toda a diferença na vida dessas pessoas.
Neste Dia Internacional da Síndrome de Down, convido todos a refletirem sobre como podemos tornar o mundo mais inclusivo. Pequenas mudanças na forma de enxergar o outro e as oportunidades que oferecemos podem transformar vidas. Afinal, a diversidade é a nossa maior riqueza.
O que é a Síndrome de Down?
A Síndrome de Down é uma alteração genética caracterizada pela trissomia do cromossomo 21.
Diagnóstico: Quando e como é feito?
O diagnóstico pode ser realizado ainda na gestação ou logo após o nascimento.
Características físicas mais comuns:
Cada pessoa com Síndrome de Down é única, mas algumas características físicas podem ser observadas:
✅ Olhos amendoados, com uma pequena prega de pele no canto interno (epicanto).
✅ Rosto arredondado e perfil facial achatado.
✅ Tônus muscular reduzido (hipotonia), o que pode levar a um atraso motor.
✅ Pescoço mais curto e, em alguns casos, pele mais solta na nuca.
✅ Mãos pequenas e largas, frequentemente com uma única prega palmar.
✅ Dedos curtos, com o quinto dedo podendo apresentar uma leve curvatura para dentro.
✅ Língua maior ou protrusa, o que pode dificultar a fala.
✅ Orelhas menores e posicionadas um pouco mais abaixo.
✅ Dificuldade na coordenação motora fina.
Saúde e condições médicas mais frequentes:
Embora não sejam sintomas diretos, algumas condições médicas são mais comuns em pessoas com Síndrome de Down, exigindo acompanhamento especializado:
🔹 Cardiopatias congênitas (problemas cardíacos presentes desde o nascimento).
🔹 Hipotireoidismo (funcionamento reduzido da glândula tireoide).
🔹 Maior predisposição a infecções respiratórias, devido a um sistema imunológico mais sensível.
🔹 Problemas auditivos e visuais, como perda de audição, estrabismo ou catarata congênita.
🔹 Apneia do sono, causada por diferenças no formato da face e das vias respiratórias.
🔹 Maior risco de obesidade, reforçando a importância da adoção de hábitos saudáveis.
Além disso, a trissomia 21 pode acarretar deficiência intelectual, impactando o desenvolvimento cognitivo.
Como a família deve buscar orientação?
Receber o diagnóstico da Síndrome de Down pode gerar dúvidas e insegurança para a família. Buscar informações e apoio especializado é fundamental para garantir o melhor desenvolvimento da criança.
Apoio médico e terapêutico essencial:
🔹 Estimulação precoce e fisioterapia.
🔹 Tratamento com Análise do Comportamento Aplicada (ABA), fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicopedagogia.
🔹 Inclusão escolar e social.
🔹 Grupos de apoio para a família.
Promovendo a inclusão e valorizando a diversidade
A Síndrome de Down não define o potencial de uma pessoa. Com acesso adequado à saúde, educação e inclusão, indivíduos com trissomia 21 podem desenvolver suas habilidades, trabalhar, estudar, praticar esportes e levar uma vida plena, desde que contem com o suporte necessário.
Respeitar as diferenças e oferecer oportunidades iguais é o primeiro passo para uma sociedade verdadeiramente inclusiva.
Thainara Morales Andretta
Thainara é Mestre, Professora e Especialista em Análise do Comportamento Aplicada.

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