Silas Malafaia critica impeachment de Lula e defende anistia em manifestações
Pastor Silas Malafaia critica bolsonaristas que pedem impeachment de Lula, defendendo foco em anistia para detidos em 8 de janeiro.
- Data: 17/02/2025 17:02
- Alterado: 17/02/2025 17:02
- Autor: Redação
- Fonte: Assessoria
O pastor Silas Malafaia, conhecido por seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, manifestou críticas aos setores bolsonaristas que advogam pelo impeachment do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em declarações recentes, Malafaia enfatizou que o verdadeiro foco das manifestações convocadas pela oposição para o dia 16 de março deveria ser a anistia para os indivíduos detidos durante os eventos de 8 de janeiro.
Durante uma entrevista ao portal Metrópoles, Malafaia expressou sua desaprovação em relação àqueles que propõem o impeachment, afirmando que esses bolsonaristas estão excessivamente influenciados por opiniões nas redes sociais e não têm uma visão ampla da situação. “Eles devem ser derrotados nas urnas”, afirmou, referindo-se a Lula e seu vice, Geraldo Alckmin.
Em conversa com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, o pastor deixou claro que Bolsonaro não apoiaria um movimento de impedimento contra Lula. O ex-presidente, em uma transmissão ao vivo no canal Brazil Talking News, mencionou a possibilidade de impeachment ao comentar sua participação nas manifestações programadas para o domingo no Rio de Janeiro. Contudo, ele também alertou que as pautas deveriam ser centradas em anistia e questões nacionais, distantes de reivindicações imediatas como o impeachment.
No dia seguinte, Bolsonaro desautorizou publicamente alguns aliados que estavam promovendo a ideia de “impeachment já” para os protestos agendados. Entre eles, destaca-se o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que tem utilizado suas redes sociais para defender essa agenda.
Em uma atualização em suas redes sociais na segunda-feira, 17, a mensagem do ex-presidente passou a refletir uma nova direção nas pautas das manifestações, enfatizando a necessidade de um chamado por “anistia humanitária” e reafirmando o slogan “Fora Lula 2026”. Essa mudança é vista como parte de uma estratégia mais ampla para desgastar a imagem do presidente Lula e criar um ambiente desfavorável ao governo até as eleições de 2026.
Ainda segundo informações da Coluna do Estadão, aliados próximos a Bolsonaro reconheceram que atualmente não há respaldo político suficiente para viabilizar um processo de impeachment no Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), também se manifestou contrariamente à ideia, afirmando que sua intenção é evitar qualquer movimento que possa gerar instabilidade no país.

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