São Paulo intensifica vigilância contra a febre amarela e reforça importância da vacinação
No estado de São Paulo, já foram confirmados nove casos em humanos, e a vacinação é a forma mais eficaz de evitar a doença
- Data: 04/02/2025 13:02
- Alterado: 04/02/2025 13:02
- Autor: Redação
- Fonte: Agência SP
Crédito:Instituto Butantan/Governo de SP
Desde o ano passado, o Estado de São Paulo tem intensificado suas ações de vigilância contra a febre amarela. Com o aumento dos casos da doença, a Secretaria de Estado da Saúde destaca que a vacinação permanece como a medida mais eficaz para prevenção.
Atualmente, foram confirmados nove casos da doença em humanos no estado, sendo um deles importado. Dentre os registros, cinco resultaram em óbitos. Os locais mais afetados incluem o município de Socorro com quatro casos, seguido por Joanópolis com dois e Tuiuti com um caso. Um caso ainda está sob investigação, enquanto o caso importado ocorreu em Itapeva, Minas Gerais. Importante ressaltar que todos os pacientes não estavam vacinados.
Regiane de Paula, coordenadora da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD/SES), enfatiza: “A vacinação contra a febre amarela é parte essencial das nossas estratégias de saúde pública. Estamos ampliando as ações em todo o estado para reforçar a necessidade da imunização, que é fundamental para prevenir a doença. Dada a natureza sazonal da febre amarela, já estávamos intensificando nossas ações desde o final do ano passado.”
Para aumentar a conscientização sobre a febre amarela, seguem informações cruciais:
Quais são os sintomas?
Os primeiros sinais da febre amarela incluem febre súbita, calafrios, dor intensa de cabeça, dores nas costas, dor corporal geral, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza.
Como ocorre a transmissão?
A febre amarela é transmitida por mosquitos infectados e apresenta dois ciclos: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, os vetores principais são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Os primatas não humanos atuam como hospedeiros amplificadores do vírus, enquanto os humanos são considerados hospedeiros acidentais neste ciclo. No ciclo urbano, a transmissão se dá pelo Aedes aegypti infectado; contudo, não há registros de febre amarela urbana no Brasil desde 1940.
Onde se vacinar?
A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário nacional de vacinação e pode ser encontrada em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Estado. A conscientização sobre a importância da imunização é vital para prevenir casos graves e proteger a saúde pública.
Quem deve receber a vacina?
A Secretaria de Estado da Saúde recomenda que todas as pessoas não vacinadas em São Paulo se imunizem. Desde 2020, o Ministério da Saúde orienta que crianças menores de cinco anos recebam duas doses: a primeira aos nove meses e a segunda aos quatro anos. Para indivíduos acima dessa idade, é aplicada uma dose única.
A vacina pode causar reações?
Assim como outros imunizantes, reações leves podem ocorrer após a vacinação, incluindo dor no local da injeção, febre baixa, dor de cabeça e dores musculares.
Pessoas alérgicas ao ovo podem se vacinar?
Apenas indivíduos com alergias graves ao ovo (como urticária ou reações anafiláticas) devem evitar vacinas contendo esse componente. É fundamental consultar um médico para determinar possíveis contraindicações à vacinação.
A vacina possui validade?
A proteção conferida pela vacina contra a febre amarela é vitalícia. Aqueles que têm dúvidas sobre sua imunização ou não possuem registro devem procurar uma UBS para esclarecimentos.
Qual é o tratamento disponível?
O tratamento para febre amarela é sintomático e inclui cuidados ao paciente hospitalizado. Em casos graves, é necessário atendimento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para minimizar complicações e riscos à vida. A automedicação deve ser evitada, uma vez que medicamentos sem orientação médica podem agravar a condição do paciente.
Para que serve o Certificado Internacional de Vacinação?
O Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) comprova que o indivíduo recebeu a vacina contra febre amarela. Esse documento é exigido por alguns países como condição para entrada em seu território. A Organização Mundial da Saúde atualiza frequentemente informações sobre os países que requerem este certificado. Sua validade começa 10 dias após a vacinação e dura por toda a vida; ele deve ser solicitado apenas uma vez.