Revisões do Boletim Focus indicam reduções nas projeções econômicas para 2025
Para este ano, estimativa de crescimento caiu de 2,01% para 1,99%
- Data: 17/03/2025 10:03
- Alterado: 17/03/2025 10:03
- Autor: Redação
- Fonte: Banco Central
O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil na última segunda-feira (17), trouxe revisões para as expectativas de crescimento econômico e inflação em 2025. As instituições financeiras participantes da pesquisa reduziram suas previsões, refletindo um cenário econômico mais cauteloso.
A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano foi ajustada de 2,01% para 1,99%. Para os anos seguintes, as projeções indicam um leve recuo: a previsão para o PIB em 2026 passou de 1,7% para 1,6%, enquanto que os anos de 2027 e 2028 apresentam uma estimativa de crescimento de 2%.
No que diz respeito ao desempenho da economia em 2024, o Brasil registrou uma expansão de 3,4%, consolidando o quarto ano consecutivo de crescimento e sendo a maior alta desde 2021, quando o PIB cresceu 4,8%.
Em relação à moeda americana, a previsão é que a cotação do dólar alcance R$ 5,98 até o final deste ano e que atinja R$ 6 em dezembro de 2026.
Inflação
As expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, também foram revisadas. A projeção caiu de 5,68% para 5,66% para este ano, marcando a primeira redução após uma série de mais de vinte elevações.
Para o ano de 2026, a previsão da inflação subiu ligeiramente de 4,4% para 4,48%. Já as estimativas para os anos seguintes são de 4% em 2027 e 3,78% em 2028.
Importante destacar que a previsão para a inflação em 2025 está acima do limite estabelecido pela meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que visa controlar a inflação em torno de 3%, com uma margem de tolerância que varia entre 1,5 pontos percentuais acima ou abaixo desse valor.
A recente alta nos preços da energia elétrica contribuiu para um aumento significativo na inflação oficial de fevereiro, que atingiu 1,31%, o maior índice desde março de 2022 e o mais alto registrado para o mês desde 2003. Ao longo dos últimos doze meses, a variação acumulada do IPCA foi de 5,06%.
Taxa de Juros
Para controlar a inflação e atingir as metas estabelecidas, o Banco Central tem utilizado como principal ferramenta a taxa básica de juros, atualmente fixada em 13,25% ao ano. O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou um novo aumento na Selic durante sua reunião mais recente em janeiro — o quarto consecutivo — sinalizando um endurecimento da política monetária diante das incertezas econômicas globais e da pressão sobre a moeda norte-americana.
Expectativas indicam que na reunião agendada para esta semana haverá um novo aumento da Selic em um ponto percentual, elevando-a para 14,25% ao ano. Contudo, o Copom não se pronunciou sobre possíveis aumentos futuros em maio, afirmando apenas que monitorará atentamente os índices inflacionários.
Até o final deste ano, as expectativas do mercado financeiro sugerem que a taxa básica pode chegar a até 15% ao ano. Para os anos subsequentes (2026 a 2028), há uma previsão de redução gradual das taxas: para 12,5%, 10,5% e finalmente para 10%, respectivamente.
A elevação da Selic visa conter uma demanda aquecida; taxas mais altas tendem a encarecer o crédito e incentivar a poupança. Entretanto, além da Selic, outros fatores como risco de inadimplência e despesas administrativas também influenciam as taxas cobradas pelos bancos aos consumidores. Por outro lado, quando a Selic é reduzida, normalmente resulta na diminuição dos custos do crédito e fomenta tanto a produção quanto o consumo.

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