Lula ressalta momento especial do Brasil na geopolítica, com BRICS e COP

Em conversa com a imprensa, presidente exalta a abertura de mais de 300 mercados para produtos nacionais, as potencialidades de eventos previstos para 2025 no país e oportunidades abertas pela reforma tributária no comércio exterior

  • Data: 31/01/2025 07:01
  • Alterado: 31/01/2025 07:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal
Lula ressalta momento especial do Brasil na geopolítica, com BRICS e COP

Presidente Lula (PT)

Crédito:Ricardo Stuckert/PR

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Nesta quinta-feira (30/1), durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a ambição do Brasil de recuperar sua posição de destaque no cenário internacional. O presidente enfatizou a necessidade de se firmar como uma potência na transição energética e de tornar o país um mercado cada vez mais atrativo para nações estrangeiras, além de reforçar os pilares da democracia.

Lula ressaltou a importância de eventos globais que o Brasil sediou e ainda irá sediar, como o G20 no ano passado, e as próximas edições do BRICS e da COP30. “Eu não tenho nenhuma humildade em afirmar que realizamos o mais significativo G20 da história. Agora, estamos prontos para repetir esse sucesso com o maior encontro do BRICS e a melhor COP, realizada no coração da Amazônia, um local considerado improvável para tal evento”, declarou.

O presidente argumentou que a realização da COP30 em Belém representa uma oportunidade única para que os países participantes vejam diretamente as realidades enfrentadas por comunidades locais, incluindo ribeirinhos, indígenas e quilombolas. Ele afirmou: “Essa COP30 será um marco para definirmos nossos objetivos futuros. Estarão presentes indígenas, quilombolas, líderes mundiais e especialistas. Queremos algo genuíno nesta discussão”.

Além disso, Lula enfatizou que é vital que as conferências climáticas resultem em ações concretas e não apenas em promessas vazias. “Se não tivermos uma abordagem robusta, essas conferências perderão credibilidade. Em Copenhague, os países ricos prometeram financiar 100 bilhões de dólares anuais para países em desenvolvimento, mas até hoje isso não se concretizou”, criticou o presidente.

Sobre o comércio exterior brasileiro, Lula apontou que o país tem desfrutado de um período favorável, tendo aberto mais de 300 novos mercados para produtos agrícolas nos últimos dois anos. Ele mencionou um acordo significativo com a União Europeia, destacando: “O que parecia um sonho há 20 anos tornou-se realidade. O Brasil é agora conhecido como o celeiro do mundo”.

Em relação à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, Lula anunciou que o primeiro grande evento ocorrerá em maio com a participação dos ministros de agricultura dos países africanos. Ele expressou sua intenção de compartilhar conhecimentos adquiridos no combate à fome no Brasil.

A reforma tributária também foi abordada pelo presidente, que acredita que sua implementação em 2027 tornará o Brasil um destino mais atraente para investimentos estrangeiros. “A reforma tributária será bem recebida globalmente, diversificando nossas relações comerciais”, afirmou.

Por fim, ao tratar do contexto internacional atual, Lula enfatizou a urgência em preservar a democracia. Ele advertiu sobre os riscos do crescimento da extrema direita e das fake news: “A democracia está sob ameaça e será derrotada se não lutarmos contra essas forças”.

O presidente também comentou sobre possíveis taxações impostas aos produtos brasileiros pela nova administração dos Estados Unidos, afirmando que reciprocidade será fundamental nas relações comerciais entre os dois países. “Quero respeitar os Estados Unidos e espero ser respeitado também”, concluiu Lula.

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  • Data: 31/01/2025 07:01
  • Alterado:31/01/2025 07:01
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