Haddad reafirma compromisso do governo em negociar contra sobretaxas dos EUA

O ministro da Fazenda destacou a importância das negociações para reverter a sobretaxa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre o aço produzido no Brasil

  • Data: 12/03/2025 11:03
  • Alterado: 12/03/2025 11:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Ministério da Fazenda
Haddad reafirma compromisso do governo em negociar contra sobretaxas dos EUA

Ministro Fernando Haddad (Fazenda)

Crédito:Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta quarta-feira, 12, a intenção do governo brasileiro de continuar engajado nas negociações visando reverter a sobretaxa de 25% imposta pelos Estados Unidos sobre o aço produzido no Brasil. Durante coletiva à imprensa, após um encontro com representantes do setor siderúrgico, Haddad descartou a possibilidade de retaliações neste momento, conforme orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Propostas da siderurgia brasileira

O ministro destacou que os representantes da indústria siderúrgica apresentaram sugestões voltadas à proteção do setor local, tanto em relação às exportações quanto à importação de aço. Haddad elogiou os argumentos trazidos pela siderurgia brasileira, classificando-os como “muito consistentes” e refutou as alegações norte-americanas de que o Brasil estaria revendendo aço importado de terceiros países para os Estados Unidos.

A sobretaxa foi introduzida pelo ex-presidente Donald Trump e impacta significativamente o Brasil, que é o segundo maior exportador de aço para os EUA, superado apenas pelo Canadá. A medida entrou em vigor oficialmente nesta quarta-feira e se estende a outros produtos como alumínio, cobre e madeira serrada.

Impactos econômicos e negociações futuras

O ministro expressou preocupação com o impacto da sobretaxa na indústria nacional e enfatizou que tanto Lula quanto o vice-presidente Geraldo Alckmin reiteraram a intenção do Brasil de conduzir as negociações com base na reciprocidade. Haddad lembrou que esforços anteriores já resultaram em acordos favoráveis, como em 2018, quando o país evitou a imposição da sobretaxa ao negociar uma cota de exportação.

Os empresários estão formulando propostas embasadas, pois a dinâmica do nosso comércio é equilibrada. As importações e exportações de aço não se relacionam diretamente; enquanto exportamos produtos semiacabados, importamos itens acabados“, explicou Haddad, reforçando que as acusações de reexportação são infundadas.

Ele também observou que o governo está atento às medidas adotadas pelos Estados Unidos e suas repercussões internas. Embora as tarifas sejam direcionadas a diversos países, Haddad mencionou que elas têm efeitos diretos sobre os consumidores americanos, resultando em aumentos nos preços dos produtos importados. Além disso, ele destacou que essa situação pode contribuir para pressões inflacionárias nos Estados Unidos.

Durante a reunião com representantes do setor siderúrgico, Haddad recebeu diversas sugestões para mitigar os impactos negativos da sobretaxa americana e das importações provenientes da China. O ministro afirmou que o governo irá avaliar essas propostas cuidadosamente e ressaltou que o Ministério do Desenvolvimento lidera esse processo no governo, com apoio técnico da Fazenda e outros ministérios.

Ao ser questionado sobre um possível aumento de impostos sobre as importações de aço, Haddad confirmou que esse tema foi levantado nas discussões com os representantes do setor.

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  • Data: 12/03/2025 11:03
  • Alterado:12/03/2025 11:03
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