França convoca cúpula europeia para discutir guerra na Ucrânia
Encontro liderado por Emmanuel Macron busca alinhar posição europeia diante da postura de Donald Trump e das negociações de paz com a Rússia.
- Data: 16/02/2025 15:02
- Alterado: 16/02/2025 15:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: FOLHAPRESS
No dia 16 de julho, a França anunciou a realização de uma cúpula de líderes europeus programada para o dia seguinte, com o intuito de discutir a Guerra na Ucrânia e a segurança no continente europeu. O encontro surge em um momento crítico, à medida que a Europa busca uma resposta coesa à postura unilateral do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao conflito.
O presidente francês, Emmanuel Macron, será o anfitrião da reunião, que contará com a presença dos “principais países europeus“, conforme declarado por Jean-Noël Barrot, chefe da diplomacia francesa, durante entrevista à rádio France Inter.
Embora os detalhes sobre os participantes não tenham sido completamente divulgados, fontes familiarizadas com a diplomacia europeia confirmaram que representantes da Alemanha, Polônia, Itália, Dinamarca e Reino Unido (este último fora da União Europeia) estarão presentes. Além disso, importantes figuras como António Costa, presidente do Conselho Europeu; Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; e Mark Rutte, secretário-geral da Otan, também farão parte do encontro.
A presença do chanceler alemão, Olaf Scholz, e de Donald Tusk, destacado político polonês, foi confirmada por fontes governamentais. O objetivo central da cúpula é analisar as formas de assistência imediata à Ucrânia e discutir o papel da Europa na garantia de segurança para o país afetado pela invasão russa desde fevereiro de 2022.
Históricos de encontros semelhantes revelam que a Europa frequentemente se apresenta hesitante e desunida em face do desafio russo. A necessidade urgente de uma estratégia clara para resolver o conflito na Ucrânia se torna ainda mais evidente três anos após o início da invasão.
A reunião ocorre em um contexto delicado nas relações transatlânticas. Na quarta-feira (12), Trump surpreendeu líderes europeus ao revelar que havia conversado com Vladimir Putin sobre a situação ucraniana. Tal declaração gerou preocupações entre os líderes europeus sobre sua possível exclusão das futuras negociações de paz.
O tema central da cúpula foi amplamente debatido na Conferência de Segurança de Munique, que teve início no dia 14 e se encerra neste domingo. Durante o evento, Keith Kellog, enviado especial de Trump para a Ucrânia, minimizou a possibilidade de participação europeia nas negociações de paz. Por outro lado, J.D. Vance, vice-presidente dos EUA, expressou solidariedade em relação aos atentados ocorridos em Munique, mas falhou em reforçar o apoio dos EUA à Ucrânia.
Jean-Noël Barrot reafirmou que “apenas os ucranianos têm a prerrogativa de decidir quando parar de lutar” e enfatizou que a França continuará oferecendo apoio até que essa decisão seja tomada. Ele ainda acrescentou que os ucranianos continuarão lutando até terem garantias concretas de uma paz duradoura.