Dólar cai para R$ 5,64 e fecha no menor valor desde outubro
Bolsa de Valores sobe 0,79% e supera os 132 mil pontos
- Data: 19/03/2025 20:03
- Alterado: 19/03/2025 20:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Agência Brasil
Na última quarta-feira, o Banco Central do Brasil anunciou um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, agora fixada em 14,25% ao ano. Esta decisão foi tomada de forma unânime pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e sinaliza um compromisso contínuo com a política de aperto monetário.
O Copom destacou em seu comunicado que, para as reuniões futuras, incluindo a prevista para maio, ajustes menores poderão ser considerados, dependendo da evolução das expectativas inflacionárias e da dinâmica econômica. A intenção é garantir que a inflação convirja para a meta estabelecida.
Após essa nova elevação, a taxa Selic atinge o maior nível desde 2016, quando também se situava em 14,25% durante um período de crise econômica e instabilidade política. Este movimento marca a quinta alta consecutiva dos juros básicos no país.
Em seu comunicado oficial, o Copom ressaltou que o cenário atual é caracterizado por um desancoramento das expectativas inflacionárias e uma previsão de preços elevados no futuro. Os sinais de resiliência da atividade econômica e as pressões no mercado de trabalho indicam a necessidade de uma postura monetária mais restritiva.
O colegiado observou que, apesar da atividade econômica mostrar dinamismo, há indícios de uma leve desaceleração no crescimento. Alguns indicadores, especialmente nos setores de serviços e indústria, apresentaram sinais de arrefecimento; no entanto, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem defendido cautela antes de tirar conclusões definitivas sobre uma tendência de desaceleração.
Quanto à avaliação dos riscos inflacionários, o Copom manteve sua posição anterior, apontando que as incertezas permanecem elevadas e que a possibilidade de altas adicionais nos preços ainda é significativa.
Com a responsabilidade da próxima reunião recaindo sobre Galípolo, Marcos Moreira, sócio da WMS Capital, sugeriu que a abordagem do Copom pode se tornar mais moderada. Ele acredita que uma postura mais branda será adotada em função da recente valorização do real em relação ao dólar.
A expectativa de inflação para 2025 sofreu um leve ajuste pela autarquia, subindo de 5,50% para 5,66%, conforme o boletim Focus. Para 2026, a projeção também foi ajustada para cima. No entanto, as previsões gerais foram ligeiramente melhoradas em comparação com as estimativas anteriores.
A taxa cambial considerada para as novas projeções do Copom foi fixada em R$ 5,80, abaixo dos R$ 6,00 utilizados nas avaliações anteriores. É importante ressaltar que a meta central para a inflação se mantém em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A decisão do Banco Central está alinhada com as expectativas do mercado financeiro. Uma pesquisa realizada pela Reuters havia indicado que todos os economistas consultados previam essa elevação na taxa Selic.
No cenário internacional, o Banco Central dos Estados Unidos optou por manter sua taxa básica entre 4,25% e 4,50%, embora haja previsões de um possível corte até o final do ano. O ambiente externo continua desafiador devido às incertezas relacionadas à política comercial americana sob a administração Trump.
Por fim, o BC reafirmou sua vigilância sobre os impactos das políticas fiscais na política monetária e nos ativos financeiros. A percepção sobre a sustentabilidade fiscal continua a influenciar significativamente as expectativas dos agentes econômicos e os preços dos ativos.

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