Dia Mundial da Saúde: Cremesp reforça a importância da vacinação entre os médicos

O Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril, tem como um de seus objetivos difundir informações e recomendações que auxiliem a população na preservação da saúde.

  • Data: 07/04/2021 13:04
  • Alterado: 07/04/2021 13:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Cremesp
Dia Mundial da Saúde: Cremesp reforça a importância da vacinação entre os médicos

Crédito:Governo do Estado de São Paulo

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Por isso, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) terá a importância da vacinação como tema principal em comemoração à essa data, focando, principalmente, nos médicos — afinal, não há como falar de saúde, sem falar de imunização, e não há como cuidar de pacientes, sem estar saudável.

A abordagem se faz necessária não apenas em decorrência da atual pandemia de covid-19, cuja gravidade escancarou, ainda mais, a imprescindibilidade da vacinação, mas também em razão de um dado preocupante: a cobertura vacinal obrigatória pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) está abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 2015.

O  Cremesp vem chamando atenção para este decaimento desde 2019, quando publicou dossiê sobre o tema na revista Ser Médico, edição 85. O conteúdo embasou ações promovidas pela Promotoria de Justiça Cível de Interesses Difusos da Infância, para garantir a vacinação de crianças paulistas.

O material produzido pelo Conselho também chama a atenção para a disseminação de movimentos “anti-vacinas” e de fake news, feitas, inclusive, por profissionais da saúde, o que prejudica significativamente o controle da atual pandemia e o de outras doenças infecciosas preveníveis reemergentes.

Além de contribuir com a desinformação, podendo suscitar problemas graves de saúde pública, a condenação das vacinas vai na contramão da própria ciência, que deveria ser integralmente seguida pelos médicos — até porque, não estar imunizado significa que o profissional está suscetível a um maior número de enfermidades, o que compromete seu próprio trabalho e o distancia de seu propósito: o cuidado do paciente.

Profissionais que divulgam informações falsas, contrárias às vacinações, incluindo”alternativas de exercício da Medicina”, podem infringir dispositivos legais que tutelam as crianças e adolescentes, como os Artigos 3º, 4º, 7° e 11º de seu Estatuto (ECA).

Os médicos possuem o papel inerente de conscientizar a população por meio da ética e da ciência, além de auxiliar na promoção e manutenção da saúde. Sendo assim, é fundamental que se alicercem a estes pilares e eduquem os pacientes sobre a importância da vacinação. Em paralelo, é indubitável que se atentem ao seu próprio cuidado, uma vez que a rotina corrida e desgastante a qual são submetidos pode fazer com que deixem de lado seu bem-estar.

Cabe lembrar que a queda da cobertura vacinal acaba potencializando, ainda que indiretamente, o desgaste dos médicos e demais profissionais da área, já que, conforme demonstra o documento, uma consequência da redução do número de pessoas imunizadas é a sobrecarga para os serviços de saúde, que terão de voltar sua atenção à doenças que poderiam ter sido evitadas pela imunização, como, por exemplo, o sarampo, que, a princípio, estava eliminado do Brasil, mas que imergiu novamente no País em 2019, após registro de mais de 3 mil casos confirmados em 16 Estados.

Covid-19

A incerteza sobre as imunizações também tem marcado presença na atual pandemia de covid-19. Mesmo sendo uma doença que já vitimou milhares de pessoas ao redor do mundo, ainda há a disseminação de informações falsas e a fomentação dos movimentos “anti-vacina”, que acabam prejudicando a população como um todo.

Para combater este problema, o Cremesp tem produzido diversos conteúdos e recomendações aos médicos e à sociedade em geral, como a realização de lives relativas à covid-19 — tendo, inclusive, recentemente, promovido uma sobre a importância da vacinação — e a criação de um hotsite específico sobre a nova doença.

Logo no início da pandemia, o Conselho solicitou a testagem dos médicos às autoridades e, agora, está enviando ofício às Secretarias Estadual e Municipal de Saúde (SES-SP e SMS-SP) defendendo a imunização dos médicos, para que estes profissionais continuem prestando seus valorosos serviços à sociedade.

Após intensa mobilização, a autarquia conseguiu sediar a vacinação dos médicos do município e, até março deste ano, já imunizou mais de 2.300 profissionais. Agora, o Cremesp luta para que ocorra a ampliação das faixas etárias.

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  • Data: 07/04/2021 01:04
  • Alterado:07/04/2021 13:04
  • Autor: Redação
  • Fonte: Cremesp









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