Arthur Diniz e Virgínia Lee: A emocionante conexão após a morte de Rita Lee
Arthur Diniz homenageia Rita Lee com performances e criações artísticas.
- Data: 01/01/2025 07:01
- Alterado: 01/01/2025 07:01
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Após o falecimento de Rita Lee, o aderecista Arthur Diniz participou do velório e teve uma conversa marcante com Virgínia Lee, irmã da icônica cantora. Emocionada, Virgínia encorajou Arthur, de apenas 21 anos, a seguir em frente com suas apresentações como Elke Jones, uma drag queen que representa uma fusão entre a irreverência de Elke Maravilha e a ousadia roqueira de Rita.
“Ela mencionou que a Rita estaria iluminando meu caminho na carreira artística”, recorda Arthur, ao rememorar o momento no planetário do Parque Ibirapuera, onde uma multidão de fãs se despedia da artista, reconhecida como um símbolo da cidade de São Paulo.
Com o aniversário de Rita se aproximando, em 31 de dezembro, Arthur se tornou uma presença constante nas homenagens à cantora. Ele já realizou diversos shows interpretando a artista e participou da criação de adereços para o espetáculo “Rita Lee – uma autobiografia musical“, protagonizado por Mel Lisboa. Entre os itens confeccionados estão a cachorrinha que era a fiel companheira da cantora, uma maconha cenográfica utilizada em uma cena policial, além do icônico chapéu da época da banda Tutti Frutti e um colar que remete ao LSD.
A paixão precoce de Arthur pela música começou aos 8 anos com Elis Regina. Desde então, ele mergulhou no universo musical da artista, devorando seus álbuns e livros sobre sua trajetória. Descobriu também a famosa visita de Elis a Rita Lee durante um período difícil da vida dela, quando estava presa por porte de maconha durante a ditadura militar.
A admiração por Elis despertou em Arthur um profundo apreço pela obra e postura audaciosa de Rita. Aos 11 anos, ele escolheu “Mamãe Natureza” como seu hino pessoal, simbolizando sua busca por liberdade na adolescência.
Com o tempo, Arthur desenvolveu uma relação simbólica com sua ídola, enviando cartas e desenhos enquanto refletia sobre a ausência de representatividade de Rita no cenário LGBTQUIA+. Assim nasceu Elke Jones.
Arthur relembra seu início no mundo drag: “Comprei uma peruca vermelha e pintei uma bota prateada. Saí de Ribeirão Preto para estrear minha drag em São Paulo, no palco do Studio SP, durante uma apresentação com o bloco Ritaleena.” Ele compartilhou com Rita sobre seu alter ego drag na última carta que enviou, acompanhada por uma foto; embora não tenha recebido resposta direta dela, soube através de terceiros que ela apreciou sua homenagem.
Durante seu trabalho no musical sobre Rita Lee, Arthur conheceu Roberto de Carvalho, músico e viúvo da artista. Os dois trocaram experiências sobre a influência poderosa que Rita teve em suas vidas. Roberto expressou que está em um processo contínuo de autodescoberta após a perda e enfatizou a conexão profunda que sempre teve com sua esposa.
Infelizmente, Arthur não pôde presenciar as performances da artista que tanto admirava, já que Rita estava aposentada e reclusa quando ele se apaixonou por sua música. “É uma pena. Eu teria amado”, confessa ele.
Arthur encontra conforto ao dizer: “Ela às vezes aparece nos meus sonhos e me dá dicas ou até ideias para figurinos.” Ele reflete frequentemente sobre a energia que Rita emanava especialmente nas viradas de ano. “Acredito que ela deixou uma estrela em meu coração que continua a brilhar e proteger”, conclui o estudante da SP Escola de Teatro.

RECOMENDADOS
- Rodoviária de Santo André: mais de 8 destinos atendidos
- Parque Central de Santo André: 5 atrações para todos
- Sesc Santo André: 5 atividades para todos
- Poupatempo Santo André: mais de 5 serviços disponíveis
- Estação Santo André: 4 linhas de conexão estratégica no transporte do ABC
- Fundação Santo André: 3 áreas de ensino superior