Desaprovação de Lula atinge 88% entre gestores financeiros
Haddad tem 58% de rejeição e Galípolo é visto positivamente por 45%. Expectativas econômicas são negativas.
- Data: 19/03/2025 07:03
- Alterado: 19/03/2025 07:03
- Autor: Redação
- Fonte: Genial/Quaest
Um estudo recente da Genial/Quaest, divulgado nesta quarta-feira (19), revelou que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma desaprovação significativa no mercado financeiro. A pesquisa, que entrevistou 106 gestores e analistas de fundos de investimento localizados nas regiões do Rio de Janeiro e São Paulo entre os dias 12 e 17 de março, indicou que 88% dos respondentes têm uma visão negativa sobre o governo.
Os dados mostram um cenário desalentador para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cuja avaliação também se deteriorou, registrando agora 58% de desaprovação, uma elevação expressiva em relação aos 24% de descontentamento reportados na pesquisa anterior, realizada em dezembro de 2024. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, por outro lado, recebeu uma avaliação mais favorável com apenas 8% dos entrevistados considerando sua gestão negativa.
O levantamento destaca que apenas 4% dos participantes veem a administração de Lula como positiva, enquanto 8% a consideram regular. Comparativamente, em dezembro passado, a desaprovação do presidente era ainda maior, com 90% dos entrevistados expressando insatisfação. Os fatores apontados como determinantes para essa queda de popularidade incluem a elevação dos preços dos alimentos (64%), falhas na política econômica (56%) e o aumento da carga tributária (41%).
A avaliação de Fernando Haddad também reflete um significativo revés; sua aprovação caiu drasticamente, passando de 41% para apenas 10%, enquanto a percepção regular manteve-se estável em torno de 32%. Além disso, quando questionados sobre a influência do ministro dentro do governo Lula, 85% dos entrevistados afirmaram que sua força diminuiu.
No tocante à atuação de Gabriel Galípolo no Banco Central, os resultados foram mais otimistas: 45% dos participantes consideram sua gestão positiva e apenas 8% a avaliam negativamente. Contudo, uma parcela considerável acredita que é prematuro fazer avaliações definitivas sobre suas decisões.
Em relação às expectativas econômicas para o Brasil nos próximos meses, 83% dos profissionais consultados preveem uma deterioração da economia, enquanto apenas 4% acreditam em melhorias. Além disso, 58% estão preocupados com a possibilidade de o país entrar em recessão.
A pesquisa também abordou a perspectiva eleitoral para Lula em 2026. A maioria dos agentes financeiros (60%) acredita que ele será candidato à reeleição; no entanto, essa expectativa diminuiu em relação ao levantamento anterior. Além disso, 66% consideram que o atual presidente não é o favorito para vencer as próximas eleições.

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