Professores de São Paulo podem entrar em greve
Assembleia marcada para sexta-feira (21/03) pode definir greve por tempo indeterminado; categoria cobra reajuste salarial e melhores condições de trabalho
- Data: 18/03/2025 18:03
- Alterado: 18/03/2025 18:03
- Autor: Redação
- Fonte: Apeoesp
Na próxima sexta-feira (21/03), professores do Estado de São Paulo estarão na Praça da República, a partir das 16h, para uma assembleia que pode marcar o início de uma greve por tempo indeterminado. A mobilização, convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), tem como foco a falta de resposta do governo estadual às reivindicações da categoria.
Reivindicações pendentes desde fevereiro
Desde o dia 19 de fevereiro, a Apeoesp entregou à Secretaria da Educação (Seduc) uma série de demandas urgentes, incluindo ajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e climatização das salas de aula, afetadas pelas intensas ondas de calor. No entanto, até o momento, o governo de São Paulo não abriu negociações nem respondeu oficialmente a essas solicitações.
Principais reivindicações da Apeoesp:
- Reajuste salarial de 6,27% para todos os professores, ativos e aposentados, a fim de atualizar o Piso Salarial Profissional Nacional.
- Descongelamento do reajuste de 10,15%, prometido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017, mas ainda não implementado pelo governo.
- Plano de reposição do poder de compra dos salários, com aumento real.
- Climatização das salas de aula, para proteger professores e alunos durante as altas temperaturas.
A cobrança de respeito e valorização da categoria
A deputada estadual Professora Bebel (PT-SP), segunda presidenta da Apeoesp, se reuniu pessoalmente com representantes da Seduc para protocolar as reivindicações da categoria, mas a resposta foi nula. Bebel destacou que, sem um posicionamento do governo, a greve se torna uma possibilidade iminente. “Se não houver negociação para ajuste salarial, melhorias nas condições de trabalho e atendimento das demais reivindicações, a greve será inevitável”, declarou a deputada. “Os professores de São Paulo exigem respeito e valorização. Sem diálogo efetivo, o governador Tarcísio de Freitas terá dificuldades em evitar a greve.”
O que está em jogo: a luta pela educação pública
A assembleia do dia 21 seguirá as diretrizes da I Plenária Intercongressual Raquel Guisoni da Apeoesp, realizada em dezembro de 2024, que definiu como prioridade a luta por melhores salários, condições de trabalho dignas e o fim da precarização da educação pública. Diante da falta de diálogo e intransigência por parte do governo, a categoria faz um apelo para que todos os professores da rede estadual se unam e compareçam à assembleia, onde será definido o futuro da campanha salarial e das negociações.

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