Da fritura ao hidrogênio: a revolução verde no transporte da américa latina

De caminhões a hidrogênio a ônibus elétricos, conheça as iniciativas que estão acelerando a sustentabilidade no setor de transporte rodoviário e urbano

  • Data: 18/03/2025 09:03
  • Alterado: 18/03/2025 09:03
  • Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira/TranspoMais
  • Fonte: AutoMotrix
Da fritura ao hidrogênio: a revolução verde no transporte da américa latina

Caminhão Hyundai XCient FCEV

Crédito:Divulgação

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Seis unidades do caminhão Hyundai XCient FCEV farão parte do primeiro projeto de hidrogênio verde no Uruguai em uma ação pioneira relacionada ao transporte rodoviário da América Latina. Os caminhões XCient Fuel Cell 6×4 Tractor serão utilizados para transportar madeira por distâncias superiores a 700 quilômetros com uma única recarga de hidrogênio. A primeira instalação de hidrogênio verde do Uruguai será estabelecida próxima à cidade de Fray Bentos. A construção está prevista para ser iniciada até o final deste ano, com a instalação inicial de um parque solar fotovoltaico de 4,8 MW, destinado a alimentar uma usina de eletrólise. O hidrogênio é um dos elementos mais abundantes do planeta, e uma das formas de obtê-lo é por meio da eletrólise da água. Para ser considerado hidrogênio verde, ele deve ser produzido utilizando fontes de energia que não gerem gases de efeito estufa.

Lançados em 2020, os caminhões XCient Fuel Cell são equipados com sistema composto por duas pilhas de células de combustível de hidrogênio de 90 kW cada, totalizando 180 kW, que abastecem o motor elétrico de 350 kW (475 cavalos) com torque máximo de 228 kgfm. “A experiência do Uruguai inspirará outras nações a adotarem o hidrogênio como combustível de emissão zero”, acredita Airton Cousseau, presidente e CEO da Hyundai para as Américas Central e do Sul.

Da frigideira para o tanque

Volvo FH B100 Flex
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A Ibor Transporte Rodoviário, de Juiz de Fora (MG), é a primeira empresa a utilizar biodiesel produzido a partir de óleo de cozinha reciclado. Além de reduzir as emissões de CO2 com o uso do biocombustível, esse modelo de economia circular, com matéria-prima totalmente reaproveitada, diminui o impacto ambiental das operações de transporte.

Dez caminhões Volvo FH B100 Flex serão usados em rotas variadas na região Sudeste do Brasil. O objetivo da Ibor é diminuir as emissões de CO2 em mais de 85%. São cerca de R$ 40 milhões em investimentos em um projeto que se iniciou em 2021 na busca por soluções sustentáveis, tomando o atual direcionamento no final de 2023 em conjunto com a equipe acadêmica da Universidade Federal de Juiz de Fora.

O trabalho está culminando com uma usina de produção de biodiesel e um posto de abastecimento. As instalações estão dentro do próprio terreno de 75 mil metros quadrados da transportadora, que fabricará inicialmente cerca de 30 mil litros do produto por mês, já a partir de março. “O biodiesel de óleo de cozinha usado representa mais que uma evolução tecnológica. É a oportunidade para transformar um resíduo em energia limpa, conectando comunidades e estradas em um ciclo virtuoso de sustentabilidade”, afirma Luiz Antônio Bordim Junior, diretor Operacional da Ibor.

Renovação no transporte

Volkswagen 17.230
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A Volkswagen Caminhões e Ônibus entregará 24 novos chassis VW 17.230 A para a Viação Atalaia, operadora de transporte público de Aracaju (SE). A aquisição renovará a frota da capital sergipana com Volksbus equipados com carroceria Caio Apache VIP V e ar-condicionado.

Os novos veículos contam com câmbio automático, proporcionando mais conforto tanto para os motoristas quanto para os passageiros. A empresa também fez aquisição de sistema Wi-Fi para os novos veículos. Em abril de 2024, a Viação Atalaia já havia comprado 30 chassis, também do modelo VW 17.230.

Tomada da liderança

BYD D9W
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O mercado de ônibus elétricos no Brasil segue em forte crescimento e registrou aumento de 923,08% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2024. De acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacados 133 veículos nos dois primeiros meses de 2025, ante apenas 13 no ano passado.

A BYD liderou o segmento, com mais de 56% de unidades emplacadas ou 75 ônibus. O destaque foi o modelo D9W, o mais vendido no período. Projetado para atender a longas jornadas diárias, o veículo combina autonomia de até 250 quilômetros com capacidade para 80 passageiros sentados. Com 12,98 metros de comprimento, os D9W são equipados com baterias de fosfato de ferro-lítio.

Com uma década de atuação no Brasil, a BYD tem uma fábrica de chassis elétricos de ônibus em Campinas (SP), inaugurada em 2015. “A redução de poluentes melhora a qualidade do ar nas cidades e contribui para a saúde da população, enquanto os custos com manutenção e abastecimento são significativamente menores do que nos dos veículos a diesel”, afirma Marcello Schneider, diretor de Veículos Comerciais da BYD no Brasil.

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  • Data: 18/03/2025 09:03
  • Alterado:18/03/2025 09:03
  • Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira/TranspoMais
  • Fonte: AutoMotrix











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