Fugitivas de ataques de 8 de Janeiro são presas nos EUA

Quatro mulheres envolvidas nos ataques de 8 de janeiro no Brasil foram presas ao tentarem entrar ilegalmente nos EUA, aguardando deportação.

  • Data: 17/03/2025 17:03
  • Alterado: 17/03/2025 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
Fugitivas de ataques de 8 de Janeiro são presas nos EUA

Crédito:Reprodução/Redes Sociais

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Quatro mulheres, todas envolvidas nos ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023 no Brasil, foram detidas ao tentarem entrar ilegalmente nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pela ICE (Agência de Imigração e Alfândega dos EUA), que revelou que as foragidas estão sob custódia aguardando deportação para seus países de origem.

Dentre elas, três foram condenadas por crimes relacionados aos eventos do dia 8 de janeiro, que incluem tentativa de golpe de Estado, enquanto uma possui mandados de prisão em aberto no Brasil. As detidas estão em território americano há mais de 50 dias.

A ICE não divulgou detalhes sobre as circunstâncias das prisões, citando questões de privacidade. Contudo, ficou confirmado que o grupo fazia parte dos militantes que deixaram o Brasil no primeiro semestre de 2024 e se estabeleceram na Argentina. Temendo pedidos de extradição emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), elas decidiram fugir novamente, desta vez em direção aos EUA, com a expectativa de obter asilo político sob o governo do então presidente Donald Trump, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

As prisões ocorreram em diferentes datas: Raquel Souza Lopes, natural de Joinville (SC), foi detida ao tentar cruzar a fronteira em 12 de janeiro. Já Rosana Maciel Gomes, Michely Paiva Alves e Cristiane da Silva foram presas em 21 de janeiro. Raquel está atualmente em uma instalação da ICE em Raymondville, Texas, enquanto as outras três se encontram em El Paso, Texas.

É importante ressaltar que no dia anterior à prisão do trio, Donald Trump prometeu a implementação de deportações em massa para imigrantes ilegais, afirmando que toda entrada ilegal no país seria interrompida imediatamente.

Enquanto isso, outros fugitivos envolvidos nos eventos do dia 8 permanecem na Argentina e em outros países da América Latina, conforme informações obtidas por fontes policiais internacionais. Os fugitivos alegam ser perseguidos políticos por suas opiniões favoráveis a Bolsonaro e negam qualquer participação nos crimes pelos quais foram acusados.

A associação dos investigados no caso expressou sua preocupação com as sentenças aplicadas e classificou as penas como excessivas. Em um relatório divulgado, afirmaram que os atos cometidos não podem ser considerados uma tentativa séria de golpe, mas sim vandalismo.

A Patrulha Fronteiriça dos EUA informou que as prisões foram realizadas porque as quatro mulheres tentaram entrar ilegalmente no país. As deportações aceleradas foram acionadas, permitindo uma expulsão mais rápida sem necessidade de audiências judiciais.

O Itamaraty declarou que não pode fornecer detalhes sobre assistência a cidadãos brasileiros devido a questões legais.

Perfis das Detidas

Raquel Souza Lopes: Com 51 anos e natural de Joinville (SC), Raquel foi condenada a 17 anos por cinco crimes relacionados aos eventos do 8/1. Fugiu para a Argentina antes de seguir para os EUA.

Rosana Maciel Gomes: Aos 51 anos e oriunda de Goiânia (GO), Rosana enfrenta uma condenação de 14 anos por sua participação nos mesmos eventos e tem mandados abertos na Argentina.

Michely Paiva Alves: De Limeira (SP), Michely tem 38 anos e é ré por cinco crimes. Ela teria organizado e financiado transporte para militantes durante os ataques.

Cristiane da Silva: Garçonete de Balneário Camboriú (SC), Cristiane foi condenada a um ano por associação criminosa e nega envolvimento nas ações que culminaram nas acusações contra ela.

A situação dessas mulheres continua sendo monitorada pelas autoridades brasileiras e pela defesa legal, enquanto esforços são feitos para resolver suas respectivas situações nos Estados Unidos.

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  • Data: 17/03/2025 05:03
  • Alterado:17/03/2025 17:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria











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