Consórcio Intermunicipal Grande ABC ratifica, em Assembleia, ingresso da Capital
Na manhã desta sexta-feira (14), em Assembleia realizada no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, o chefe do Executivo da Capital, Ricardo Nunes, ratificou seu ingresso ao órgão regional.
- Data: 14/03/2025 19:03
- Alterado: 14/03/2025 19:03
- Autor: Celso Rodrigues
- Fonte: ABCdoABC
Em um movimento histórico, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC realizou sua Assembleia, na manhã desta sexta-feira (14), com a presença dos oito prefeitos que compõem o órgão regional. Isso mesmo, agora são oito integrantes na entidade que se unem em prol dos sete municípios do ABC mais a cidade de São Paulo.
Assim, estiveram presentes, o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos) e os demais chefes dos Executivos locais, Gilvan Junior (PSDB), Tite Campanella (PL), Taka Yamauchi (MDB), Marcelo Oliveira (PT), Guto Volpi (PL), Akira Auriani (PSB), além do novo membro do órgão, o prefeito da Capital, Ricardo Nunes (MDB).
Na pauta da reunião, diversos temas, ainda que tenha sido um encontro meio que ‘relâmpago’, já que durou apenas uma hora, na saída, Nunes falou sobre os assuntos abordados e que não foram poucos.
Em coletiva de imprensa, Lima deu as boas-vindas ao debutante no Consórcio e falou qual é o foco da ação entre todos.
“Hoje, o prefeito Ricardo Nunes, esse grande prefeito da Capital de São Paulo integra oficialmente esse Consórcio para poder, além de discutir toda a região, troca de experiências e temas importantes. É um marco na história da nossa região, e sem dúvida nenhuma, hoje, o ABC se sente honrado, e muito feliz, a nossa população espera isso dos gestores, essa união, essa interlocução, para que na ponta, o mais importante, é o que o morador espera de cada um de nós, é mais qualidade de vida, mais saúde, educação, e agora esses oito prefeitos unidos, quem ganha é a população da região e da Capital”, disse o podemista.
Marcelo agradeceu, em nome do Consórcio, o respeito e, acima de tudo, a visão de gestor e a grandeza de Nunes, de entender que não dá para governar apenas uma cidade, pensando só naquele quadrado, tem que pensar em toda região, foram as palavras do prefeito de São Bernardo.
Nunes, o debutante do Consórcio, foi o que mais fez uso da palavra, e começou revelando alguns temas abordados.
“A gente já pode, na primeira reunião falar de trabalho, já constituindo aqui um GT (Grupo de Trabalho) para cada uma das subprefeituras da cidade de São Paulo, que tem divisa com os municípios, realizar os trabalhos a partir das reuniões aqui. Falamos da renovação da Enel, com a preocupação enorme que a Agência Nacional de Energia Elétrica está tentando fazer, que é antecipar o contrato, porque é uma empresa que não atende aos interesses da cidade de São Paulo e ABC, falamos da reforma tributária, da composição do comitê, que vamos disputar as eleições”, discorreu o emedebista.
Perguntado sobre as extintas GCMs (Guardas Civis Municipais), que passam a ser denominadas Polícias Municipais, Ricardo enfatizou o efetivo das cidades comparando com grandes corporações de outros Estados.
“A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de reconhecer algo que as Guardas Municipais, agora Polícia Municipal já desenvolve em cada um dos municípios, prisão de traficante, homicida, estuprador, combate a violência, protegendo as pessoas com as próprias vidas. Só na cidade de São Paulo temos 7.500 homens, minha Polícia Municipal é maior que a Polícia Militar de dez Estados, se juntar o ABC o que temos de força policial, através das Polícias Municipais, é algo fundamental para a segurança das pessoas, agora vem a tecnologia, o Smart Sampa, e vamos integrar esse sistema junto com as cidades do ABC e a vinda para cá é o compromisso de cada vez fazer mais”, disse o chefe do Executivo da Capital Paulista.
O presidente do Consórcio esclareceu que Nunes ainda não é consorciado.
“O prefeito participa oficialmente como associativo, os valores serão discutidos na próxima reunião, que o próprio prefeito – Nunes – já sugeriu, que será dia 28, para avançar em temas da região. ele tem direito a voto sim na assembleia a partir da próxima reunião, dia 28, porém, deveres como associativo não, é questão do estatuto, neste momento, a questão financeira vai ficar discutindo como associado, as outras cidades como consorciadas, o direito a voto é direito, inclusive até criou um GT, com ideia dele – Ricardo, O GT das divisas”, elucidou Lima.
Ricardo Nunes abordou o Polo Petroquímico e disse que existem temas em comum e que o foco é manter a geração de emprego e renda e que, “cada um dos prefeitos aqui tem como principal meta a geração de emprego e renda, que é isso que vai trazer arrecadação para o município e poder reverter para população”, explanou o prefeito recém-integrado ao órgão.
Sobre o combate à criminalidade, Nunes falou, mais uma vez, em partilhar informações e pontuou o sucesso do Programa Smart Sampa.
“A gente vai poder compartilhar nossas informações, o Smart Sampa, em seis meses de trabalho, colocamos na cadeia 820 foragidos da Justiça, mais de 2.000 flagrantes, então, vamos compartilhar com os municípios. Vamos poder contar com centro de informações, compartilhar com as Polícias Municipais dos município aqui e poder contar com a Polícia Civil e Polícia Militar para preparar, cada vez mais, nossos policiais municipais, não se faz segurança sem tecnologia”, cravou Nunes, que prosseguiu:
“Estudamos as grandes cidades do mundo, que diminuíram os índices de criminalidade, a questão social, de vulnerabilidade, de efetivo e tecnologia. Ninguém iria colocar 820 foragidos em seis meses – na cadeia – sem dar um tiro sem tecnologia. Toda tecnologia vamos compartilhar com os municípios e essa união vai resultar em mais segurança, combate à criminalidade, trabalhar a questão da drenagem conjuntamente, porque o que temos feito todo dia é melhorar a vida das pessoas”, prometeu o prefeito de São Paulo.
Sobre o polêmico uso de aplicativos para transporte de pessoas com motocicletas, Ricardo Nunes foi categórico e tem o apoio dos demais prefeitos e usou números para ilustrar os riscos.
“Os municípios terão seus decretos de proibição de transporte de passageiro de motos, porque está muito claro no Plano Nacional de Mobilidade, é claro que compete ao município, mas está Lei Federal, diferente do que a Uber e 99 dizem, muito ao contrário, ele desautoriza. Portanto, só pode ter motorista categoria B, não pode ter a A, portanto não pode moto, é muito claro que está autorizado a categoria B, motorista de carro, e quando o legislador exclui a categoria A, que é o motorista de moto, ele exclui a atividade da autorização. O que desejamos é que as pessoas possam trabalhar, mas não podemos incentivar uma atividade que vai gerar acidentes e mortes, que os municípios vão ficar com os centros de urgência e emergência, cirurgia, lotados e levar pessoas a óbito. Em São Paulo, saímos de 403 óbitos de moto em 2023 para 483 óbitos de acidente de moto em 2024, mesmo com a Faixa Azul”, recorreu aos números, Ricardo Nunes.
Ao final, Nunes afirmou que a relação com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é muito boa e expressou sua percepção sobre o que ele vai achar.
“Temos um diálogo muito bom o Tarcísio, todos aqui, têm prefeitos de todos os partidos, vamos levar para o governador as demandas para o ABC e Capital, então a gente potencializa o trabalho, e o Tarcísio vai ficar muito orgulhoso dessa nossa união em prol da população”, finalizou Nunes.
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