TCU aponta falta de políticas contra assédio em universidades federais
Essa carência de políticas resulta na ausência de instâncias responsáveis pelo acolhimento e orientação às vítimas
- Data: 14/03/2025 08:03
- Alterado: 14/03/2025 08:03
- Autor: Redação
- Fonte: TCU
Durante uma sessão realizada nesta quarta-feira, 12 de março, o Tribunal de Contas da União (TCU) emitiu uma determinação para que as universidades federais adotem medidas efetivas visando a institucionalização de políticas de prevenção e combate ao assédio.
O relatório técnico elaborado pelo TCU revelou que cerca de 60% das universidades federais, ou seja, 41 das 69 instituições analisadas, não possuem diretrizes adequadas para enfrentar o assédio. Essa carência de políticas resulta na ausência de instâncias responsáveis pelo acolhimento e orientação às vítimas.
Segundo o documento aprovado durante a sessão, essa falta de estrutura vai de encontro às orientações estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que recomenda medidas proativas no combate a esse tipo de violência nas instituições educacionais.
Além disso, mesmo entre as 28 universidades que possuem alguma forma de política preventiva, o TCU identificou lacunas significativas em 19 delas. Entre os problemas destacados estão: a não inclusão de toda a comunidade acadêmica nos normativos do plano; a falta de definição sobre os procedimentos para o encaminhamento de relatos; a ausência de orientações para apuração de denúncias envolvendo trabalhadores terceirizados e a limitação do foco apenas ao assédio sexual, desconsiderando o assédio moral.
O relatório enfatiza que essas falhas comprometem as ações e estratégias destinadas à prevenção e combate ao assédio dentro dessas instituições de ensino superior.
A análise ainda apontou a inexistência de estruturas internas que garantam o acolhimento das vítimas, a falta de integração entre as estruturas existentes e a ausência de protocolos que evitem a revitimização ou retaliação dos denunciantes.
Com base nas conclusões apresentadas, o TCU exigiu que as instituições federais implementem medidas para regularizar suas políticas de prevenção e combate ao assédio. Para aquelas que já possuem políticas, mas com deficiências, foi solicitado que revisem suas ações e promovam discussões que incluam toda a comunidade universitária.
Adicionalmente, os ministros do tribunal determinaram que as universidades façam ampla divulgação de seus planos de prevenção e combate ao assédio.
A seguir, encontram-se listadas as universidades que ainda não possuem políticas específicas contra assédio, conforme apontado pelo TCU:
- Universidade Federal do Acre (UFAC);
- Universidade Federal do Amazonas (UFAM);
- Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape);
- Universidade Federal da Bahia (UFBA);
- Universidade Federal do Ceará (UFC);
- Universidade Federal do Cariri (UFCA);
- Universidade Federal de Catalão (UFCat);
- Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA);
- Universidade Federal do Semiárido (Ufersa);
- Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
- Universidade Federal Fluminense (UFF);
- Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS);
- Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
- Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);
- Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT);
- Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT);
- Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
- Universidade Federal de Pelotas (Ufpel);
- Universidade Federal do Piauí (UFPI);
- Universidade Federal do Paraná (UFPR);
- Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA);
- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE);
- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
- Universidade Federal de Sergipe (UFS);
- Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);
- Universidade de São João del-Rei (UFSJ);
- Universidade Federal do Tocantins (UFT);
- Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM);
- Universidade Federal de Alfenas em Minas Gerais (Unifal-MG);
- Universidade Federal do Amapá (Unifap);
- Universidade Federal de São Paulo (Unifesp);
- Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa);
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
- Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila);
- Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab);
- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio);
- Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf);
- e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
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