Zico reprova número de estrangeiros no futebol brasileiro: ‘Precisamos reduzir’
Ídolo do Flamengo participou de evento do Comitê Brasileiro de Clube nesta quinta-feira e defendeu a ideia dos clubes investirem mais na base
- Data: 13/03/2025 23:03
- Alterado: 13/03/2025 23:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
No dia 13 de abril, Zico, um dos maiores ídolos da história do Flamengo, expressou suas preocupações sobre a crescente presença de jogadores estrangeiros no futebol brasileiro durante sua participação na primeira edição do CBC & Clubes Expo, realizada em Campinas. O ex-atleta abordou a necessidade de uma reavaliação nas estratégias dos clubes, destacando a importância de focar no desenvolvimento de talentos locais.
Em sua palestra, Zico enfatizou que a predominância de atletas estrangeiros está afetando a formação de novos talentos no Brasil. Ele citou como exemplo o clássico Fla-Flu, realizado na véspera do evento, que contou com a participação de nove jogadores estrangeiros. “Os craques das principais equipes hoje são, em sua maioria, estrangeiros. O número 10 do Flamengo, do Fluminense e de muitos outros clubes é frequentemente um jogador de fora”, destacou.
O ex-jogador apontou que essa realidade é um reflexo da falta de aproveitamento dos jogadores formados nas categorias de base. “Atualmente, os clubes investem na formação de jovens apenas para negociá-los. Na equipe campeã de 1981 do Flamengo, por exemplo, todos os 11 titulares eram revelados pela base. Essa é uma questão crucial para o futuro do nosso futebol”, afirmou Zico. Ele defendeu que os clubes devem reduzir o número de estrangeiros e priorizar a formação de novos talentos nacionais.
Além da presença massiva de jogadores estrangeiros, Zico também mencionou o fenômeno da contratação de técnicos não brasileiros por equipes brasileiras. Segundo ele, essa situação deve ser encarada com uma perspectiva crítica, pois os próprios treinadores brasileiros contribuíram para esse cenário ao buscar oportunidades no exterior.
“É preciso observar que essa tendência não diz respeito apenas aos jogadores, mas também aos treinadores. Muitos profissionais brasileiros atuaram em diversos países e transmitiram seus conhecimentos. No entanto, isso acabou abrindo espaço para uma maior invasão de técnicos estrangeiros no Brasil”, disse Zico.
Ele concluiu ressaltando que essa mudança na dinâmica do futebol pode ter consequências prejudiciais para as raízes da cultura futebolística brasileira. “Nos grandes países onde o futebol se desenvolve com vigor, raramente vemos técnicos estrangeiros no comando das seleções ou clubes. Isso desestabiliza as bases históricas do nosso esporte e deve ser revisto”, finalizou o ídolo flamenguista
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