SP reduz rotatividade de professores em 26% com incentivo financeiro
Levantamento mostrou resultados positivos do incentivo pago pela Administração Municipal desde 2022 para docentes que lecionam em regiões mais vulneráveis
- Data: 10/03/2025 14:03
- Alterado: 10/03/2025 14:03
- Autor: Redação
- Fonte: Prefeitura de São Paulo
Um levantamento recente encomendado pela Prefeitura de São Paulo ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) revelou avanços significativos na retenção de professores em escolas municipais situadas em áreas vulneráveis. Desde a implementação da Gratificação por Local de Trabalho (GLT), em agosto de 2022, as instituições educacionais observaram uma redução de até 26% na taxa de rotatividade docente.
Este incentivo financeiro, que pode alcançar até R$ 1,5 mil, visa proporcionar condições mais atrativas para os profissionais da educação atuarem em locais que enfrentam maiores desafios. De acordo com o secretário municipal de Educação, Fernando Padula, a diminuição da rotatividade é crucial para a continuidade dos projetos pedagógicos nas escolas. “Estamos no caminho certo ao implementar políticas que garantem a permanência dos professores nessas unidades. É essencial para assegurar o direito à aprendizagem dos alunos”, afirmou.
A pesquisa analisou os dados antes e após a introdução da GLT, considerando os pedidos de transferência e identificando um aumento no número de professores dispostos a lecionar em escolas mais distantes e vulneráveis. O estudo constatou um acréscimo médio de cinco docentes por instituição beneficiada.
O pagamento da gratificação representa um incremento salarial que varia entre 5% a 25% para os professores dessas unidades. Atualmente, 530 escolas são contempladas pela GLT, beneficiando mais de 31 mil profissionais, incluindo professores e funcionários administrativos. O investimento totaliza mais de R$ 27,5 milhões mensais, contribuindo não apenas para a redução da rotatividade, mas também para o fortalecimento dos vínculos entre as escolas e suas comunidades.
Um exemplo do sucesso dessa política pode ser observado na EMEF M’Boi Mirim I, localizada na Zona Sul da cidade. A instituição experimentou uma diminuição drástica nos pedidos de transferência: enquanto anteriormente três em cada dez docentes solicitavam mudança, esse número caiu para apenas um após a implementação do incentivo. Além disso, a escola se tornou mais atrativa, passando de um único professor interessado em lecionar lá em 2019 para nove profissionais em 2022.
Gregory Elacqua, especialista em educação do BID e coautor do estudo, destacou que os resultados demonstram a eficácia dos incentivos financeiros na retenção de professores em áreas vulneráveis. “Investir em políticas que valorizem e apoiem os educadores é fundamental para garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade”, enfatizou.
Para assegurar melhores condições nas escolas atendidas por essa gratificação, a Secretaria Municipal de Educação anunciou um aumento no repasse do Programa de Transferência de Recursos Financeiros (PTRF). Essa medida leva em conta o número de alunos oriundos de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza registradas no CadÚnico. Ao todo, as unidades receberão R$ 55,7 milhões com base nesse critério.
Os recursos do PTRF serão utilizados para manutenção das instalações, pequenos reparos, aquisição de materiais didáticos e equipamentos voltados aos projetos pedagógicos, além da contratação de serviços e inclusão de tecnologias educacionais. Todas essas ações buscam tornar o processo mais ágil e menos burocrático.

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